domingo, outubro 23, 2011

Bye bye, Álvaro



• Vasco Pulido Valente, O Álvaro [hoje no Público]:
    ‘Álvaro Santos Pereira não estava posto em sossego, como devia estar, na Universidade Simon Fraser, em Vancouver, no Canadá. Estava mesmo muito desassossegado, ansioso por se fazer notar, sobretudo, já que na América era difícil, em Portugal. Escreveu por isso muitos livros, que para minha desgraça não li e que naturalmente jamais lerei (...). E também essa obra inesquecível, que saiu em Abril de 2011 e que, por uma vez, tive prazer de estudar com minúcia e espanto, Portugal na Hora da Verdade - Como Vencer a Crise Nacional. Nessa extraordinária bíblia, que certamente assombrou o primeiro-ministro, Álvaro Santos Pereira tem uma única palavra para descrever a política económica do "25 de Abril" até hoje: "Disparate!", que repete com entusiasmo durante 550 páginas.

    Parece que Passos Coelho e o PSD ficaram esmagados. Caso contrário, não se explica a pressa com que nomearam este génio para ministro da Economia (...).

    À solta na paisagem, o Álvaro anda agora um pouco desorientado. O seu enorme ministério (a palavra infelizmente não despareceu) não produziu mais do que meia dúzia de anúncios para um futuro indeterminado e, se calhar, longínquo e aumentou, como lhe competia, meia dúzia de preços. Fora isso, nada ou quase nada. Mas fatalmente o inquieto Álvaro não parou. Conseguiu irritar a Assembleia da República. Num acesso de excitação, prometeu uma auto-estrada e uma linha de comboio para Viseu. E decidiu alterar o serviço ferroviário para Espanha, sem comunicar coisa nenhuma à Espanha, um acto raro de patriotismo e coragem. Claro que se percebem as dificuldades do Álvaro, especialmente em matéria de empreendedorismo, competitividade e inovação, mas não chegou já a altura de o devolver ao remanso de Vancouver?’

2 comentários :

FNV disse...

VPV já escolheu . Por isso é agora mais citado aqui do que na reserva índia e de alforrecas.

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...

O bilhete dele é sem retorno. Não há retorno, nem perdão, para esta canalha. O tempo não volta para trás, para nenhum deles, e agora nem adianta ficar a olhar de olhos esbugalhados para os cacos do jarrão. Todos os gulosos que deitaram as patas ao "pote" ficaram lá agarrados e já só desgrudam à base de insecticida! E muito em breve lho daremos a provar, em dose adequada.