sexta-feira, outubro 14, 2011

Da cobardia como modo de ser



As campanhas negras, a diabolização e a caracterização dos adversários políticos como inimigos e criminosos são especialmente reveladoras da falta de cultura democrática e da baixeza moral da direita que nos governa. Esta foi sempre, de resto, a atitude e o comportamento dos fanáticos de todos os quadrantes e proveniências e de todos os inimigos da democracia, da tolerância e das liberdades individuais.

No fundo, no fundo, um modo de ser que esconde a imensa cobardia política daqueles que, possuídos pelo medo e pela sede de vingança, só com a eliminação dos ‘inimigos’ conseguem fazer valer as suas ideias e as suas convicções.

No Portugal democrático a direita que nos governa encontrou, no BE e no PCP – herdeiros da tradição estalinista e anti-democrática – cúmplices atentos, venerandos e obedientes. O que espanta, ou talvez não, é a passividade dos liberais e dos democratas perante este verdadeiro OVO DA SERPENTE.
    Afonso

6 comentários :

Anónimo disse...

Verdade,verdadinha,PCP e BE são aliados da direita,não há dúvidas.Basta ver a atuação do mario nojeira.Já não enganam ninguém.Tenham vergonha!!!!!!

O rural disse...

O senhor Afonso consegue distinhguir aqueles que nos lixam daqueles que nos re-lixam!

Anónimo disse...

Dos cobardes não reza a História.E já agora, de rurais 'lixados' muito menos.

Eleitor disse...

Nem mais. A eficácia da campanha de falsificação, calúnia e difamação sem pés nem cabeça conduzida pela oposição a Sócrates, com consequências gravíssimas para a condução da vida política deste país, não cessou ainda de me espantar.

Já sabia que os portugueses, de modo geral, são de uma credulidade e incapacidade critica a toda a prova (basta estudar a farsa da Casa Pia para nos apercebermos disso), mas o que é realmente espantoso é a forma como o estado de espírito da mentira à outrance, pegou, vingou e venceu, mesmo no interior de um PS inteiramente desmoralizado e entregue a entidades politicamente inexistentes, sem força, nem ideias, nem energia para combater o império da mentira sistemática.

Absolutamente de antologia a forma como o bando de assaltantes gritava por socorro enquanto pontapeava a sua vítima assaltada, como na velha história da choradeira judaica.

Este comentário parte de alguém que viu os seus direitos de organização e manifestação política abolidos pelo PS (entre outros) em 28 de Setembro de 1974, depois de uma curta vigência de 5 meses, e hoje, se votasse, votaria contra o poder fascistóide vigente.

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...

Ó eleitor, "abolidos pelo PS (...)"??? Muito me contas, sobretudo a mim, que me lembro de tudo como se fosse ontem... Querias talvez dizer o "PCP", certo? Assim já compreenderia.


O PCP e o BE, esses, não descansarão enquanto não ocuparem por inteiro o espaço da revolta. E o directório actual do PS, desgraçadamente, parece que nem se importa lá muito com isso...

Eleitor disse...

Prezado Conde de Oeiras e Mq de Pombal, aqui vai a resposta à questão vagamente marginal, que invoca, just for the record:

Não, não queria dizer «o PCP» porque o PCP tem vocação de partido único, mas esteve longe de ser o único a encabeçar a inventona do 28 de Setembro que inaugurou a destruição do programa original do 25 de Abril.

Imagine que ainda me lembro dos figurões do PS nas «barricadas», muitos deles hoje figuras gradas e activas no partido, das alocuções de Soares e Cunhal, e até -- pasme-se! -- do PPD liminarmente tolerado a tentar escorraçar por seu lado as bandeirolas do CDS, seu rival no entusiasmo neófito dos cobardes pelas manifestações, encabeçadas pelo dueto PS / PCP, de celebração da vitória da «classe operária» sobre a «reacção», no Rossio.

De acordo, muita água correu sobre as pontes e muita coisa se perdeu e se ganhou. Mas uma pelo menos deve ser reiterada de vez em quando, e essa é de que a história verdadeira é o que foi, e não o que queríamos que tivesse sido.