- ‘Esta tese dos funcionários públicos ganharem mais do que os privados foi alimentada pelo Banco de Portugal, pela banca, por associações empresariais e por outra rapaziada desse tipo.
Convém no entanto não confundirmos o género humano com o Manuel Germano. Os níveis de qualificação dos recursos humanos da função pública - com ampla presença de médicos, professores, juízes e outros técnicos superiores - são, como é evidente, bastante superiores aos das empresas. Por isso, é natural que, em média, as remunerações da função pública sejam superiores às da privada. Pelos vistos, o actual Governo não descansará enquanto não colocar os dirigentes da administração pública, os médicos e os professores (universitários, do ensino básico e secundário) a ganhar ao nível de um operário têxtil ou da construção civil...
Comparando o que é comparável - ou seja, funções equiparáveis entre entidades públicas e privadas - verifica-se que os privados ganham bastante melhor, sobretudo, no caso dos dirigentes e dos técnicos superiores. Para quem se quiser dar ao trabalho, há diversos estudos do Eugénio Rosa sobre este assunto.’
10 comentários :
nem é preciso tanto. basta abrir um outlook qualquer de uma qualquer consultora de recursos humanos.
Se isso é verdade, então como é que se justifica o risco de a função pública poder ficar decapitada? Que eu saiba, não conheço ninguém que abandone as funções públicas para ir ganhar muito menos para o "privado".
Ouvi a "narrativa" sobre este assunto do PPC. Fiquei pasmado com a audiência com alguns funcionários públicos e no fim a baterem palmas.
“Passos Coelho disse ontem que os funcionários públicos ganham, em média, 10 a 15% mais do que os trabalhadores do sector privado”!
Mas meus amigos, leia-mos o insuspeito semanário Expresso, página 3, no artigo “Corte dos salários proposto por Gaspar foi derrotado”.
Sensivelmente a meio do artigo, vem assim: “Ao pesar os prós e os contras houve um potro argumento (…) a ideia de que “a função pública não é a base eleitoral deste Governo”, conforme confessava um governante ao Expresso.
É bem oportuno o comentário de Manuel Abrantes sobre este assunto.Eu próprio pensei em fazê-lo mas assim optei por um post no meu blog olhares do litoral fazendo um link para aqui.
Penso que, de facto, estamos perante um IRS disfarçado só para funcionários públicos
Acho graça que o autor nivelou os juizes por cima mas depois, quando falou do nivelar por baixo....esqueceu.
Cleopatra
Dizer que os Funcionários Públicos em Portugal auferem, em média, mais do que os trabalhadores do sector privado é tão verdade como afirmar que as mulheres portuguesas fazem mais cesarianas, per capita, do que os homens.
Se era para nos dar novidades destas não precisávamos de mudar de Governo, bastava-nos pôr o La Palisse no lugar do Relvas.
Com este tipo de comportamento por parte dos "novos" governantes, o Povo vai estar farto desta pandilha antes ainda do Natal!
É caso para dizer que os Servidores do Estado vão acrodar no próximo dia 22 de Novembro e amaldiçoar quem os enganou. Um a um.
Os funcionários públicos ganham mais que o privado, têm muitos mais regalias que o privado, desde logo a famosa ADSE, trabalham menos horas, não podem ser despedidos, e o horários para muitos FP é algo muito flexível, o patrão não vê. Se calhar são algumas das razões que levam as pessoas a optarem pela função pública. Por outro lado muitas das vezes é tão mau ser FP que estão lá famílias completas. Já agora que percentagem dos quadros do estado é médico, juiz, ou professor??
A percentagem de trabalhadores licenciados no Estado é de 55,1% contra 17% no sector privado - Boletim de Maio de 2011 do Observatório do Emprego Público - Site da DGAEP/Ministério das Finanças
Excelente, anónimo das 02:23:00PM.
Era a ideia que eu tinha mas, assim, fico com "os números" certos...
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