- ‘A grande questão agora é saber de que modo o Governo interpreta a greve. Se opta por prosseguir o caminho de ruturas sociais e económicas, sem alargar a base de apoio político e social, ou se, pelo contrário, procura negociar e concertar interesses. A opção seguida terá, certamente, efeitos económicos e sociais, mas nela jogar-se-á uma questão política decisiva e que poderá mudar o mapa das relações de poder em Portugal.
O radicalismo que move o Governo não augura nada de bom. Mas uma coisa é clara, se o executivo optar por continuar a avançar sozinho provocará, além do empobrecimento, uma alteração estrutural no sistema de representação de interesses em Portugal. Com consequências imediatas: coloca a UGT nos braços da CGTP e empurra o PS para a rua. No curto prazo, a táctica pode fazer sentido para o Governo, mas revelar-se-á dramática para o país. À rutura económica e social juntar-se-á a rutura política.’
1 comentário :
Os programas eleitorais efectuados por este sr. também não e ainda há meios de comunicação social a pagar para ele opinar.
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