- ‘(…) existe propaganda pública e propaganda privada. Existe informação governamentalizada e informação ao serviço de interesses privados e grupos económicos. Estamos fartos de saber que é assim. Claro que a primeira pagamos, a segunda não. Mas também é verdade que na primeira dispomos de um sem-número de instrumentos de controlo político e democrático que podem e devem funcionar melhor. Quanto aos privados, são as empresas deles, o dinheiro deles e os segredos deles. Não é a mesma coisa e ainda bem.
Em suma, não recomendo um poder público sem uma televisão pública. E não é tanto por causa do mítico serviço público, entendido na dimensão cultural a que fiz referência. É porque acredito que, em certas situações, o governo pode precisar de um contrapeso para o poder potencialmente manipulador dos grupos privados de comunicação. A televisão é um assunto sério. A RTP deveria assumir esse papel, defendendo uma certa ideia de público e de equilíbrio contra a organização das facções (…).’
1 comentário :
com outro governo pensa doutra maneira
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