quinta-feira, dezembro 22, 2011

E a salvaguarda do interesse nacional vai-se com os anéis?


Hu Jintao, o novo patrão da EDP


O Governo decidiu vender a participação do Estado na EDP à China Three Gorges, uma empresa pública. O mesmo governo que não quer o Estado a gerir empresas entrega a sua participação na EDP ao Estado chinês. Decididamente, a ideologia dos estarolas da São Caetano de São Bento tem muitos alçapões.

A questão que agora se coloca é: sendo a EDP um activo estratégico, como é que, numa situação como esta, se defende o interesse nacional? Fernando Medina explica, em declarações à TSF que podem se ouvidas aqui, o que está em causa.

Acresce que, como hoje lembrou Carlos Zorrinho, quando a lei das privatizações foi aprovada, “o PS propôs, conseguiu e saudou o Governo por ficar incluído expressamente uma regra de se apresentar no prazo de 90 dias um conjunto de normas estratégicas que tinham de ser salvaguardadas para a alienação das empresas”.

Ora, segundo Zorrinho, “esses 90 dias terminaram a 17 de Dezembro, mas o Governo não elaborou [ainda] nenhuma lei e também recusou uma proposta do PS no sentido de que houvesse um acompanhamento mais forte das privatizações por parte da Comissão Eventual de Acompanhamento do Programa de Ajuda Financeira a Portugal”, numa alusão a um projecto de resolução dos socialistas reprovado pela maioria PSD/CDS na semana passada.

O Governo vai entregar a sua participação na EDP sem que estejam aprovadas normas de salvaguarda do interesse nacional?

7 comentários :

ASMO LUNDGREN disse...

Bom interesse dos accionistas e das famílias que recebem os lucros das PPP é interesse nacional?

até pode ser mas não é para todos

como dizia o outro eles já sabem que nós vamos ficar a dever

os homens compraram a EDP pela sucata...que para produzir energia num país com falta dela
não deve ser de certeza

Teófilo M. disse...

Interessante este negócio. Gostaria de saber o que pensam dele os inteligentes comentadores que afirmam a pés juntos que o estado não sabe gerir e afinal vai entregar um bem de interesse nacional a quem é apenas estado e nada mais, ou seja a quem na sua ótica não sabe gerir.
Se isto não é um paradoxo não sei o que se lhe poderá chamar.

Anónimo disse...

Não vejo muita diferença entre a gestão estatal chinesa e o que os nossos privadinhos de pechisbeque pretendem fazer por cá : exploração de mão de obra barata. Que diabos se é para sermos escravos, prefiro se-lo para Portugal do que para o saloio da gerónimo martins ou para o parolo do amorim.

Anónimo disse...

A socratice armada em moralista quando foi coisa que não tiveram em 6 anos de regabofe. Por favor entendam de uma vez que os Portugueses votaram e escolheram em Junho livremente outra opção que não a trapalhada e as trafulhices do filósofo aldrabão e da sua corja de "iluminados", será assim tão dificil entenderem isso?

Anónimo disse...

Anónimo das 11:05 , se não se entendesse o conceito de democracia aqui nunca o seu comentário teria sido publicado. Ao contrário do que acontece com muito bloguezinho da direita bacoca que defende. Quanto á suposta falta de moralidade socratica , não me parece que a direita portuguesa em que votou esteja habilitada para falar desse assunto. Recomendo que compre um espelho lá para casa, está a fazer-lhe falta.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:05,você é um ignorante,uma nódoa.Um vómito!

Ana Paula Fitas disse...

Caro Miguel,
Fiz links :))
... com votos de Boas Festas.
Um abraço.