terça-feira, dezembro 06, 2011

Tartufos da justiça

A. Marinho e Pinto, Tartufos da justiça:
    ‘E, assim, enquanto outros lhe fazem o trabalho sujo, a ministra da justiça continua a sua meritória acção governativa: ouve falar em corrupção, logo garante que vai acabar com a «impunidade absoluta da corrupção»; um tablóide fala em enriquecimento ilícito, logo ela envia para o Parlamento um projecto de diploma para o criminalizar; os jornais dizem que um arguido está a usar expedientes processuais para atrasar o trânsito em julgado de uma sentença, imediatamente a ministra corre para a comunicação social garantindo que vai acabar com as manobras dilatórias; a comunicação social diz que Duarte Lima não pode ser extraditado para o Brasil, logo a ministra (sem reparar no que diz a Constituição) vai à televisão afirmar que pode; alguns órgãos de informação noticiam que os homicídios do estripador de Lisboa já prescreveram, imediatamente ela surge a prometer legislar para dilatar os prazos de prescrição.

    Enfim, num momento em que o país precisava no ministério da justiça de alguém com uma sólida cultura jurídica que constituísse uma bússola para um sistema judicial em profunda crise, o melhor que o Dr. Pedro Passos Coelho encontrou para o cargo foi um catavento que oscila ao sabor das brisas mediáticas.’

3 comentários :

Anónimo disse...

A ministra anuncia anuncia anuncia anuncia mas...nada acontece. Quer dizer, acontecer acontece, e muito, mas não é para beneficio do país concerteza.
Melhor seria ter seguido o exemplo da Cristas que já aprendeu a ficar calada.Pelo menos não faz figura triste com tanta frequencia.

Fernando Romano disse...

É isso mesmo Dr. Marinho e Pinto. Sem tirar nem pôr.

Ouvirá o senhor - eu não - algum partido a desmascarar esta demagoga e incompetente, uma burguesasinha a querer mostrar que presta para alguma coisa, que não seja como encobridora de muitos dos seus amigos enterrados na pior estrumeira moral e ética da política portuguesa?

Veja como ela se exibe com retórica bafienta para os seus confrades e amigos da velha e reacionária ortodoxia portuguesa! Faz-me lembrar algumas tertúlias pós Abril 74, de alguns pseudo revolucionários, na televisão, de cigarro na boca e copinho de bebida (não sei se havia pevides).

Nunca lhes curve a alma (a nenhum deles) e não lhes aceite os pedestais. Eles irão experimentar essa armadilha.

O senhor também é um Heterodoxo que lhes inferniza o roncar e cagança.

Anónimo disse...

Neste pequeno excerto.... "catavento que oscila ao sabor das brisas mediáticas", Marinho Pinto parece fazer uma das melhores caracterizações dele próprio. Como se costuma dizer quem o é, não o quer ser só.