- 'A grande surpresa veio, no entanto, da excepção a este coro: Mario Monti, o primeiro-ministro de um dos países abrangidos pelo corte, congratulava-se, abertamente, com o comunicado da S&P e ironizava, mesmo, que poderia ter sido ele a ditá-lo, com excepção dos três BBB do ranking italiano.
Para Mario Monti, a posição da agência representa uma ajuda preciosa para a linha que está a procurar afirmar contra o consenso de Berlim, ou seja a de que apenas a austeridade pode acalmar os mercados. Monti – e todos nós encontramos – então, na S&P um inesperado aliado na defesa de que o crescimento e não a austeridade deve ser a prioridade.
Ironicamente, talvez então que as agências de "rating", com tanta frequência apontadas como coveiras do euro apareçam, afinal, como suas salvadoras. Se não conseguirem, com ou sem o seu apoio, talvez seja Mario Monti, entronizado em primeiro-ministro da Itália pela chanceler Merkel, quem vai derrubar a cortina de ferro alemã e abrir uma nova esperança para a União Europeia.'
1 comentário :
é de facto irónico, mas isso agora á direita não interessa nada.
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