- ‘É aqui que entra o segundo "super-Mario" (o primeiro é, naturalmente, o outro italiano que preside ao Banco Central Europeu). A entrada em cena de Mario Monti não mudou apenas as circunstâncias políticas de Itália. Mudou também o debate europeu e pode mudar os seus equilíbrios políticos. Monti, porque é o líder de um grande país do clube restrito dos fundadores, porque traz consigo um assinalável prestígio do tempo em que era um dos comissários mais respeitados de Bruxelas, porque tem feito tudo o que é preciso a nível interno (a aprovação do Orçamento para 2012 em Dezembro e agora um pacote radical de reformas económicas que afrontam as corporações e os interesses instalados que manietam a economia italiana), não pode ser pura e simplesmente ignorado em Berlim. Nem deixará, como já se viu, que isso aconteça. A sua mensagem não poderia ser mais clara: a austeridade é necessária, mas não chega, porque não se combate o problema da dívida sem crescimento económico, porque para isso a Europa tem de melhorar claramente a sua governação e porque é enorme o risco de ver as pessoas voltarem-se contra a austeridade, contra a Europa, contra a Alemanha e contra os seus Governos, se não conseguirem encontrar um sentido para os sacrifícios e para as reformas. Vale a pena ler as entrevistas que deu ao Financial Times e à Economist . Muita gente já disse o mesmo que ele. Monti tem uma força e uma autoridade maiores para o fazer. O medo de que a Itália soçobre perante o caos politico ou perante os mercados pode ser suficiente para levar a chanceler e os seus amigos a pensar duas vezes naquilo que ele diz. O chefe do Governo de Roma abre um caminho para um debate e para uma correcção de percurso que outros devem seguir. ‘
domingo, janeiro 22, 2012
“Mario Monti e Mario Draghi devolveram à Itália o seu prestígio de país fundador da Europa comunitária”
• Teresa de Sousa, "Super-Marios": os italianos que ainda podem salvar a Europa [hoje no Público]:
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3 comentários :
José Sócrates já o dizia também.
A tacanhez deste povo impediu o nosso Monti de fazer o seu trabalho. Agora estamos na situação que se vê...
Nós, em vez de um Monti, temos um TONTI(nho).
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