- 'A reforma é toda para isto: para baixar custos às empresas (nas rescisões, nas horas extraordinárias) e ao Estado (menos subsídio de desemprego), para que se trabalhe mais tempo (menos férias, folgas e feriados) e para enunciar a liberalização do despedimento. Sim, é uma enunciação, pois os termos para a inadaptação do posto de trabalho são tão ambíguos que o tribunal pode no mesmo gesto abrir ou fechar a porta.
Mas esta é também uma reforma feita para consumo externo, para agradar aos mercados, como confessou o ministro da Economia, para saciar a troika, para pontuar melhor nos "rankings" de competitividade.
Tudo o que é perdido, é o trabalhador que perde. Tudo o que é ganho, é a empresa que ganha. Tudo o que é omisso, é omisso para o trabalhador, para o precário ou para o desempregado. Com um caso gritante: e os recibos verdes, pá? Nada, não há quase nada. Mas esse é tema para um outro editorial. Para já, fiquemos no que está no acordo, olhemos para o meio copo, porque hoje é dia de celebração.'
1 comentário :
Só cita o trecho que lhe agrada. Típico de intruja socrático
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