terça-feira, março 13, 2012

“O país está, pura e simplesmente, a desagregar-se”

Miguel Sousa Tavares, Parem, escutem, olhem! [na última edição do Expresso]:
    ‘Os laboratórios Roche suspenderam o fornecimento aos hospitais públicos de medicamentos (alguns dos quais essenciais no tratamento do cancro) por falta reiterada de pagamento; pelo mesmo motivo, o Hospital Garcia de Horta ficou sem compressas cirúrgicas; o centro de ténis do Jamor (durante décadas, o único local onde se podia jogar ténis em Lisboa), fechou por falta de verba para manutenção; e o Governo vai apelar às “grandes empresas” para que forneçam gratuitamente comida às escolas, onde começam a evidenciar-se sinais de subnutrição de crianças. E por aqui me fico.

    Juntem os números, todos os dias crescentes, do desemprego, da emigração e das falências, e esqueçam as previsões do OE para 2012: o desemprego está a ficar fora de controlo, a receita fiscal cai ao mesmo ritmo que cai o PIB (como seria de esperar!), a economia vai ser (está a ser) arrasada à vista de todos. O descalabro atingiu um ritmo uniformemente acelerado e o país está, pura e simplesmente, a desagregar-se. Não temos a mais pequena hipótese de regressar aos mercados, em termos sustentáveis, em 2013; não temos a mais pequena hipótese de pagar o que devemos, ou até de sustentar o serviço da dívida, no prazo e condições impostas: jamais poderemos, nem tal seria justo, pagar 34 mil milhões de juros e comissões por um empréstimo de 78 mil milhões.’

4 comentários :

Anónimo disse...

Então não bastava mandar o Socras embora? Estou muito desiludido.

Anónimo disse...

A maior parte destas dívidas têm 1 ou 2 anos. Onde é que andavam MST e os assessores da bancarrota nessa altura?

Anónimo disse...

Ainda bem que é Hospital Garcia de Horta e não Hospital Garcia de ORTA.
Só isso mostra a fiabilidade do escriba...

Anónimo disse...

Pois é pena que MST durante o tempo do regime socrático não tenha tocado nestes assuntos tendo em conta que todos eles são herança do regime que infelizmente tivemos de aturar entre 2005-2011, e portanto estas criticas agora só provam o medinho que havia das represálias do regime, mas enfim é o que temos!