Não se falava de outra coisa: a recapitalização da banca. Neste contexto, surgiu a Lei n.º 4/2012, de 11 de Janeiro, “que estabelece medidas de reforço da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira e da disponibilização de liquidez nos mercados financeiros.”
Dispõe o artigo 14.º da citada lei que, enquanto as instituições de crédito se encontrarem abrangidas pelo investimento público para reforço de fundos próprios, ficam sujeitas a uma série de condições, designadamente as seguintes:
- • Utilização dos meios facultados ao abrigo do reforço de fundos próprios, em particular no que se refere ao contributo da instituição de crédito para o financiamento da economia, nomeadamente às famílias e às pequenas e médias empresas, em particular no âmbito dos sectores de bens e serviços transaccionáveis;
• Adopção de princípios de bom governo societário, que podem incluir o reforço do número de administradores independentes;
• Instituição de restrições na política de remuneração dos titulares dos órgãos de administração e fiscalização;
• Aprovação prévia do Governo para o pagamento de juros e dividendos;
• Nomeação por parte do Estado de um membro não executivo para o órgão de administração e/ou para órgão de fiscalização.
Aqui chegados, surgem os CoCos (contigent convertible capital), uma espécie de obrigações. O Governo (isto é, Vítor Gaspar), o Banco de Portugal (isto é, Carlos Costa) e a banca entenderam-se e deixaram a Assembleia da República a falar sozinha.
Assim sendo, a recapitalização do sistema bancário nacional faz-se de outro modo. O Estado não entra, portanto, nos bancos — não podendo, por exemplo, impor que os fundos postos à disposição das instituições de crédito sejam canalizados para “o financiamento da economia, nomeadamente às famílias e às pequenas e médias empresas”.
Quem dá ordens aos estarolas, quem é?
6 comentários :
De que outra forma teriam estes estarolas acesso ao fundo de pensões?!
E o outro é que era o aldrabão...
http://opassageironegro.wordpress.com/2012/03/19/ainda-bem-que-nao-sou-eu-a-atestar-4/
Parece me que foram os mesmos que aguentaram o Sócrates uns meses a mais. E foram os mesmos que acharam que já tinha chegado a hora de mandar o Sócrates embora e fecharam a torneira da compra de divida pública e assim o sr eng teve de pedir ajuda ao FMI.
São os "manda-chuvas" desta merda em que vivemos. Serão os mais fustigados no dia da grande tormenta que se aproxima.
A direita governativa,trata os bancos como fossem os donos do retângulo."Baixam as Calças" e que se lixe a economia...
Anónimo das 11:31, estás errado. Quem obrigou Socrates a pedir ajuda ao FMI foi o estarola do teu PM que chumbou o PEC IV. Não confundas a realidade com aquilo que tu gostavas que ela tivesse sido.
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