'Os primeiros a sair do governo – Álvaro porque está desautorizado, Gaspar porque esbanjou o seu consenso interno num só acto de mando pessoal'

• Medeiros Ferreira, Mundos e fundos:

‘(…) como aliás reza o comunicado do Conselho de Ministros, a ‘consolidação orçamental’ sob a dogmática de Gaspar irá certamente travar o pleno aproveitamento desses fundos, que no final das contas da não-execução das verbas comunitárias regressarão a Bruxelas sem terem produzido os seus efeitos virtuosos em Portugal, mesmo que do lado das despesas nacionais haja o cumprimento inflexível das quantidades acertadas.

A coincidência no mesmo ministro na supervisão de duas metas diferenciadas – equilíbrio orçamental e crescimento económico – vai levar ao sufoco da economia portuguesa.

O Ministério da Economia seria mais flexível do que o das Finanças, e dessa tensão resultaria um maior equilíbrio de propósitos para a governação. Mas este seria o papel de um verdadeiro primeiro-ministro.’