• Tomás Vasques, A promiscuidade do ministro gazua:
- ‘António Borges, o 12.o ministro, move-se na actual paisagem política portuguesa como se fosse a rainha do Sabá. Não se deita na cama de Salomão, mas não lhe faltam intimidades promíscuas com a governação, ao ponto de ocupar no espaço público as competências de qualquer ministro empossado, senão mesmo as do primeiro-ministro. Ainda está por apurar se António Borges é, de facto, a eminência parda do primeiro-ministro, estatuto eventualmente conferido pelo tentacular banco Goldman Sachs (como nos diz o jornalista e escritor Marc Roche, no seu livro O Banco: Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo) ou se, antes, se trata de um vaidoso peão de brega que salta para a arena para preparar o “touro” para a faena a fim de proteger o toureiro. Contudo, aquilo a que temos assistido é que o personagem aparece na sua qualidade de ministro-consultor sempre que as circunstâncias exigem que se vá “mais além” no afã “reformista” e o governo hesita com medo da reacção das “forças de bloqueio” e da “populaça”. Quando estas aparições ministeriais a que nos habituou “correm mal”, tratam-nos a todos por parvos, com uma lengalenga de adormecimento: o senhor é apenas um “consultor”, e como qualquer português tem direito a ter a sua “opinião”. Foi o que aconteceu, não há muito tempo, com a proposta de “redução dos salários” dos portugueses. Depois, deu o dito por não dito, mas preparou o caminho. No fundo, António Borges, o ministro privado das Privatizações, é uma espécie de gazua que vai abrindo as portas que o governo tem dificuldade em abrir.’
1 comentário :
Curioso é, porém, o papel a que os partidos da oposição se têm remetido quanto a este caso.
Para além da critica com luvas de pelica, pouco ou nada se nota.
Não será esta maneira de atuar também escandalosa?
Enviar um comentário