‘Hoje interrompo o tempo de férias porque quero fazer eco da minha indignação.
Todos temos direito à privacidade, mesmo que ocupemos lugares públicos. E o direito à imagem é inalienável nesse campo.
Ora numa notícia publicada no Diário de Notícias, no dia 9 de Agosto - de que só ontem tive conhecimento -, que tem por título "Assunção Esteves descansa em biquíni na praia", a Presidente da Assembleia da República é "apanhada" em várias fotos suas, em traje de banho de duas peças, naquilo que considero uma intromissão na esfera da sua vida privada. O texto da notícia é também passível de insídia, mas já nem falo nisso. Apenas lamento a falta de qualidade.
Não conheço pessoalmente Assunção Esteves. Sei quem é e, pela notícia, verifico que estava no pleno uso das suas férias. Portanto, com os direitos que daí lhe advêm. E sem estar a conceder qualquer entrevista que justificasse o abuso jornalístico.
O que pretendeu, então o jornal? Menorizar a segunda figura da nação? Menorizar a mulher que desempenha essa função? Insidiar algo? O quê?!
Eu sei que estamos na silly season. Mas até neste campo há limites à parvoeira nacional, sobretudo em jornais cujo passado nos faz pensar que continuam a merecer o nosso respeito. Lamentável!’
Acrescento apenas que AE, ao contrário de PPC, não fez das suas férias um momento de politiquice barata, populista e de gosto mais do que duvidoso.
4 comentários :
mas estava ou não em biquíni?
Tanta erudição por aqui, e ficamos sem saber se era mentira a notícia.
O resto é telenovela dos do costume
E porque é que o DN deveria de tratar a 2ª figura do estado de modo diverso que trata a primeira, aterceira, a quarta, etc., etc.!
Poderá até ser de mau gosto a notícia, mas a democracia tem destas coisas e não é por ser mulher que tem direito ao recato que não se dá aos restantes.
O DN anda a fazer-se à vida, a tentar chegar ao (des)nível do concorrente Correio da Manha.
Mas concordo com a indignação da Sra. D. Helena Sacadura Cabral. Entretanto, para esquecer estas "pérolas" do nosso jornalismo (?????) aconselhava a Sra. a ajudar o seu filho, o ilústre Dr. Paulo Passeatas Portas, a procurar os documentos referentes ao negócio dos submarinos, que desapareceram.
Talvez procurando na mesinha de cabeceira, ou na estante grande, atrás da Enciclopédia Britânica....
Ela, é como as botas da tropa !
Também marchava !
Enviar um comentário