Foto de Arménio Belo (blogue OFF LUSA) |
O artigo de Manuela Ferreira Leite no caderno Economia da edição de ontem do Expresso intitula-se “O preço de poupar”. Analisa a decisão de fechar a maior loja do cidadão, a dos Restauradores, em Lisboa. Muito embora tudo o que diz se aplique também à forma como conduziu a sua acção na Secretaria de Estado do Orçamento no consulado de Cavaco (em que, para poupar tostões, não autorizou a aquisição de aplicações informáticas que permitiriam arrecadar milhões que escapavam ao fisco), a verdade é que é demolidor para os estarolas
- ‘É preciso que se avaliem os efeitos de tais reduções para que as “emendas não sejam piores do que os sonetos”.
Vem isto a propósito de uma recente notícia sobre o encerramento de uma loja do cidadão – a dos Restauradores – e a sua mudança para outro local.
Segundo o relato o motivo de tal deslocação relaciona-se com o elevado preço da renda anual paga pelas atuais instalações – “objetivo poupança” – e ainda pelo facto de esta ser a loja com mais queixas dos cidadãos.
Impressionou-me a leveza do conceito poupança associada a esta decisão, mas não o epíteto de “loja com maior número de queixas”, uma vez que se trata de uma decorrência normal de ser, de longe, a loja com maior número de utentes do país.
E esse número de utentes decorre precisamente da sua localização – no centro de todos os meios de transporte – o que implica um espaço compatível com a dimensão da procura. Daí a renda, eventualmente, elevada.
Para avaliar a poupança decorrente da deslocalização anunciada, ter-se-ia de considerara destruição do investimento feito naquelas instalações, investimento que não é transferível para outro local porque não se trata de móveis, mas por ex: infraestruturas elétricas e informáticas complexas que vão ter de ser feitas de novo nas futuras instalações.
Mas, segundo as notícias, o que se vai oferecer aos cidadãos não será o mesmo serviço que se oferecia nos Restauradores.
É uma instalação dez vezes menor do que a atual, suficiente para um serviço de 2ª geração, ou seja, um atendimento pouco personalizado e muito informatizado, dirigido a quem lida bem com as novas tecnologias, que trata dos assuntos via internet em vez de ir para as filas das lojas do cidadão e que não representa mais do que 30% da população.
Os restantes 70% vão perder o serviço que tanto procuravam.
Não se está, portanto, perante uma poupança porque esta só tem lugar se o mesmo serviço for prestado por um custo inferior ou se for eliminado por ser supérfluo.
Neste caso, a poupança passaria por uma renegociação da renda, possível com um senhorio em perspetiva de perder o inquilino.
Tudo o resto é prejuízo para o Estado.’
3 comentários :
Helena Roseta conta historia com Miguel Relvas - YouTube
y tube . Numa entrevista com Helena Roseta
A não perder.
Agora imaginem quem está por detras de uma empresa de serviços de colocação de Enfermeiros
É o chamado o "empreendorismo", tão ao gosto da direita cavaquista..
Isto para mim...não é estranho
Gato Félix
BrincaNareia (seguir utilizador), 7 pontos (Bem Escrito), 20:14 | Sexta feira, 22 de junho
Eu avivo-lhe a memória.
A empresa é uma das que a Fomentinvest, do Cardeal Ângelo Correia, dedicadas à formação e a viverem de negócios com o Estado, como o são mais de 30 empresas dele.
PPC "administrou" até Novas Oportunidades, as tais que dizia ele passarem certificados de estupidez, presumo que assinados por ele.
Com o terminar das NO, Ângelo alertou de imediato de que não poderia dispensar o quinhão. Assim e de repente, nasceu o novo Programa de formação, em que milhões irão de novo parar às mãos do "patrão" de PPC.
O folhetim que se segue, será o envolvimento de PPC nas fraudes da SLN, com escrituras de favor, alienando património daquela a favor de terceiros, para que não caísse sob a alçada de uma possível nacionalização da SLN.
Eles são tão transparentes, que durante anos nem se deu por eles !!!
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/relvas-quis-favorecer-empresa-de-passos-coelho=f734833#ixzz240kfW8NG
A máfia passista em todo o seu esplendor e a prova de que passos não é o impoluto que se quer fazer parecer.
Mas lá que se presta bem ao papel de figura de fachada, lá isso...
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