Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda punk Pussy Riot |
• Fernanda Palma, Sentimentos políticos:
- ‘Três jovens russas, pertencentes à banda punk "Pussy Riot", cantaram uma "oração" num templo de Moscovo, criticando a aliança entre o poder estabelecido e a Igreja russa. As jovens dirigiram o seu protesto, em especial, contra o Presidente Vladimir Putin e contra o Cardeal Kiril, líder ortodoxo que apelou ao voto no presidente nas eleições de Março passado.
As três jovens – de 29, 24 e 22 anos de idade – estão a ser julgadas em Moscovo e o Ministério Público pediu que fossem condenadas a três anos de prisão por atos de vandalismo provocados por ódio religioso. Neste domínio, o Código Penal português prevê crimes de ultraje por motivo de crença religiosa e a ato de culto, puníveis com prisão até um ano.
Perante este julgamento, tem todo o sentido colocar o problema de saber até que ponto a liberdade de expressão pode ser limitada para proteger sentimentos religiosos. Na perspetiva do Estado de Direito democrático, a liberdade de expressão não deve ser coartada, à partida, por sentimentos religiosos e muito menos ainda por sentimentos políticos.
A liberdade de expressão é um corolário da essencial dignidade dos seres humanos e constitui um instrumento da democracia, pois permite, pela controvérsia que gera, formar uma opinião esclarecida. A liberdade religiosa permite a máxima expressão da identidade cultural e também é, nesse sentido, essencial para preservar a dignidade de cada pessoa.
Quando haja conflito, que liberdade prevalece? (…)’
4 comentários :
a orgia no museu e os recorrentes desacatos à ordem pública nas manifestações artísticas da banda, tamém contam para a liberdade de expressão?
Prevalece a Revolta das Conas (tradução livre)
E porque é que as "orgias" de alguns 'religiosos'com crianças, em algumas igrejas, por esse mundo fora,se resolveram/resolvem com um mero pedido de desculpas do líder máximo, representante terrestre do Divino? Deve ser uma liberdade religiosa!!
As meninas já tinham comportamentos mais rebeldes de há muito tempo para cá, mas só quando chamaram os bois pelos nomes do c* que está á frente dos destinos russos é que as virgens ofendidas se levantaram.
Hipócritas que se topam á légua.
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