quarta-feira, setembro 26, 2012

A escola do Banco de Portugal

Vítor Bento, o conselheiro de Estado que Cavaco Silva escolheu para substituir Dias Loureiro, é uma personagem peculiar da sociedade portuguesa. Quando se fala na redução dos salários e direitos dos trabalhadores, lá aparece Bento em bicos dos pés a defender o indefensável: com a contracção da procura, ele surge a sustentar, numa mistela que tem mais de crendice do que noções de economia, que a saída para a crise tem de passar pelo corte nos rendimentos dos trabalhadores, em particular nas empresas de bens transacionáveis que já pagam salários de miséria. Como não podia deixar de ser, Bento é um raras figuras que apareceu a cantar loas às alterações à TSU.

Mas este mesmo Bento é mais condescendente quando está em causa a sua própria pessoa ou os interesses que representa. Pertencendo ao quadro de pessoal do Banco de Portugal, aceitou de bom grado ser promovido “por mérito” quando estava há anos de licença sem vencimento. Agora, sendo ele presidente da Sociedade Interbancária de Serviços, SA, a conhecida SIBS, que detém o monopólio dos cartões de débito (cartões Multibanco), entendeu ser inaceitável a exigência do sector da restauração de serem reduzidas as comissões pagas nas transacções com os cartões.

Enfim… o Banco de Portugal é uma grande escola.

7 comentários :

Rosa disse...



Não sabia disto...mas é uma "personalidade" com quem nunca simpatizei...

Teófilo M. disse...

Palavras para quê, se é apenas mais um "artista" português!

Anónimo disse...


E ainda acumula com Administrador da REN, a ganhar dezenas de milhar de euros por mês!!!"
Um verdadeiro artista não transaccionável.

Anónimo disse...

É curioso que a malta do Banco de Portugal é sempre a excepção quando se fala dos sacrificios... e são logo dos que estão na linha da frente a recomendar e a promover os sacrificios... DOS OUTROS!

Digam lá qual destes personagens é que não foi ou não do Banco de Portugal: o GASPAR; o ajudante ROSALINO e o altíssimo EMPALHADO...

Manuel CD Figueiredo disse...

Por tudo isso - gente muito séria - foi escolhido para Conselheiro de Estado. Ora bolas!

Anónimo disse...

Isto é tudo gente que há muito deixou de viver na realidade.
Um dia levam um bate cú de tal ordem que nunca mais se vai ouvir falar destes canalhas.
Farto de gente sem carácter.

Anónimo disse...


Já agora e em relação às taxas dos cartões gostaria que me explicassem o que foi feito durante o governo da socratice para alterar o problema. Que se saiba nada.