Isto faz-se — chegar no fim do jogo, quando tinha tanto para nos dar?

Consta que Luís Naves tem dois romances e uma novela publicados, sendo também autor de vários contos, crónicas e ficções que viram a luz do dia em revistas e diversos blogues. Quando podia, abrilhantava igualmente as páginas do DN com os seus abrangentes conhecimentos sobre assuntos internacionais. Agora, acabou-se — o que será uma perda irreparável para o DN e para a própria secção laranja.

Estando o jogo a acabar, o que só mostra que se move por puro idealismo, Luís Naves é a mais recente aquisição do gabinete do ministro da propaganda. Dada a multiplicidade de áreas que o jornalista/escritor domina — da ficção aos assuntos internacionais, em particular os ultramarinos —, irá a tempo de se ocupar das relações com os PALOP? Ou, não menos relevante, a dar um cunho vincadamente literário aos discursos do Dr. Relvas? Veja-se o estilo (descoberta que está agora a crise internacional): "Há uma reacção de pânico das pessoas a quererem sair do barco e o risco é que corram todos ao mesmo tempo para bombordo, virando a embarcação." Já é um pouco tarde de mais, mas a coisa promete.


PS: Quando toda a gente já sabe o que mudou na actuação do BCE, uma outra arrastadeira não consegue dar mais do que isto. O Dr. Relvas não foi muito feliz na escolha dos seus colaboradores, essa é que é essa.