quarta-feira, setembro 19, 2012

Dois mentirosos

• Pedro Santos Guerreiro, Do consenso ao com senso:
    ‘A coligação que forma o Governo nunca foi uma aliança. Passos nunca passou grande cartão a Portas que nunca passou grande cartão a Passos. Foi uma parceria de interesse para tirar as estacas de duas propriedades que assim se verteram numa. Mas foi um casamento sem namoro e em camas separadas, que aguentaria apenas o tempo necessário. Mas nem o tempo necessário está a aguentar.

    Sabemos hoje que um dos dois líderes partidários mentiu ao outro, não sabemos qual, não sabemos mesmo se os dois. No passado, já ambos mentiram. Passos, quando disse que não conhecia as medidas do PEC IV e depois se soube que afinal tinha estado com José Sócrates. Portas, na célebre história de uma sopa fria. Talvez por isso, nenhum confie no outro. Mas o ambiente de traição tornou-se insuportável. Estamos como quando Balsemão e Eanes se reuniam com gravador em cima da mesa, coisa que aliás Passos prometeria em relação a Sócrates. Como se reunirão Portas e Passos agora?’

4 comentários :

Anónimo disse...

"O primeiro-ministro, Passos Coelho, ponderou demitir-se depois de ter ouvido as declarações de Paulo Portas sobre as novas medidas anunciadas pelo chefe do Executivo, avança a TVI.

Para Passos Coelho, as palavras do parceiro de coligação foram uma "facada nas costas". O primeiro-ministro admitiu ter ficado fragilizado com as declarações públicas de Paulo Portas e fez o desabafo com algumas pessoas do seu círculo mais próximo.

No entanto, a ideia da demissão terá sido afastada pelo mau momento que Portugal está a atravessar."(Jornal "i"- 29/09 às 20:50H)

Anónimo disse...

Dois delinquentes, diga antes.

Anónimo disse...

Estes 'desabafos' de um PM , trazidos a público, são a demonstração de que estes desmiolados são completamente irresponsáveis para além de incompetentes. Eu até já suspeito de que eles estão a forçar a queda do seu próprio Governo. Sem coragem para assumir que são uns falhados, estão a empurrar a decisão para outrem: PR, Oposição, CDS,Povo ,sei lá!Nem para se irem embora têm competência.

Anónimo disse...

Balsemão, bem lembrado. Outro "chefe de governo" com maioria absoluta de Direita que atirou a toalha para o tapete ao fim de menos de dois anos (e deixou o País na bancarrota!).

Como Durão idem, ao fim de menos de três (deixando em seu lugar uma "variante" governativa putrefacta e que foi corrida a pontapé nas urnas com um défice de 7%, mesmo ainda sem crise!).

"A História repete-se", pelos vistos mais do que uma vez e sempre que a Direita portuguesa pensa que pode governar o País concreto que somos sem as comodidades de uma Ditadura (ou os famosos "milhões por dia" dos tempos do sô Cavaco...)!