sábado, outubro 27, 2012

A miséria da ética social


Pedro Adão e Silva, A miséria da ética social [hoje no Expresso]:
    ‘Como que para provar que o Governo não aprende, nem sequer com os próprios erros, esta semana não ocorreu nada melhor ao Executivo do que anunciar novos cortes na rede de mínimos sociais. Do subsídio de desemprego ao complemento solidário para idosos, passando pelo rendimento social de inserção nada escapou ao que pode ser descrito como um ataque tentado com “napalm social”. Não sabendo onde cortar, o Governo optou por poupar, com desvelo pornográfico, na proteção aos mais desfavorecidos: pobres, idosos e desempregados.

    Esta opção não é politicamente neutra: enquanto se degrada a rede de mínimos sociais, empurrando milhares de cidadãos para abaixo do limiar de pobreza, vamo-nos aproximando de um passado onde a fome e a indigência social eram o último recurso dos desempregados. Quando temos um mercado de trabalho profundamente deprimido, é caso para dizer: bem regressados à barbárie social.’

2 comentários :

james disse...

Era bom era que os ministros, o Presidente do STJ, e os venerandos conselheiros que trabalham neste quarteirão do Terreiro do Paço, de manhã, quando se dirigissem de andor e com pálio para os seus gabinetes, tropeçassem com estes sem-abrigo e que a polícia, previamente, não os tivesse removido!

Se para estas entidades a fotografia do país é a preto e branco, esta fotografia prova exactamente o contrário.

Anónimo disse...

Ainda há lá espaço para mais uns quantos. Deve ser assim que o lambretas espera resolver o problema da habitação social, vai mandar aumentar a largura dos passeios.