quarta-feira, janeiro 30, 2013

A importância das palavras

• Pedro Nuno Santos, A importância das palavras:
    ‘A propósito do alargamento do prazo de pagamento dos empréstimos do FEEF e do MEEF, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, na entrevista que deu ao “Jornal de Negócios”, à pergunta “Como explica que não estamos perante uma reestruturação da dívida ou um novo programa?” respondeu: “Na pureza técnica, é uma reestruturação. Mas como a expressão ‘restruturação’ passou a ter uma conotação negativa, que implica perda para o investidor, é importante salientar que não é disso que se trata.” É fácil perceber porque é que o alargamento dos prazos representa uma perda para o investidor. (…)

    Não é para evitar assustar os investidores que a secretária de Estado se recusa a falar em “reestruturação”. Até porque serviria de pouco. Se alguém sabe o que representa o prolongamento dos prazos são precisamente os investidores e os credores. A secretária de Estado foge da palavra, “tecnicamente pura”, porque quer esconder a verdade dos portugueses. Não quer assumir que, num contexto de recessão e austeridade, o nível de dívida pública acaba por se tornar insustentável e por obrigar a “reestruturações”.’

1 comentário :

Anónimo disse...

E os "remodeláveis"?... leiam os sinais! Os SEs vão sendo remodelados mas o criado Brites não sai, aguenta-se ali firme no posto das Necessidades, onde pouco ou nada fazendo a não ser tutelar o instituto do seu amo.

Isto diz muito sobre a influência de certos adiantados mentais sobre o PM... Vejam se o economista tropical não vai conseguir meter outro criado no governo...