Comentário do nosso amigo Fernando Romano na caixa de comentários deste post:
- ‘A vida é bela! Os vassalos e vavassalos não hesitam em exteriorizar os seus apetites. Amanhã é outro dia! Estamos protegidos contra o povo desempregado, excluído, marginalizado e faminto. A CGTP fará greves sem pedrinhas....
Os actuais grupos económicos dominantes na sociedade portuguesa capturaram o Estado e a democracia. Foi o que quase sempre aconteceu, é o que acontece agora, é o que, aliás, quase toda a gente reconhece. Não é preciso ter ido a Coimbra para o perceber. Esses grupos dominantes quando se vêem ameaçados por uma crise, não hesitam em sacrificar a sua própria noção de identidade nacional e de independência política, sempre com uma volumosa almofada de lacaios e vendidos; trocam o seu patriotismo pela proteção dos seus interesses, e protegendo-se de uma insurreição popular: clamam por uma intervenção externa, como aconteceu noutros momentos da nossa história. Aconteceu na revolução 1383-1385, bandeando-se para o vizinho do lado; na expansão colonial marítima, 40 anos depois, estávamos em bancarrota, e mais quarenta anos, imploraram por Castela (1580); no século XVIII, com o comércio do ouro e da pimenta e outras matérias primas, uma aristocracia e burguesia que nunca pensou no coletivo - haviam de fugir no século seguinte aos milhares atrás do D. João VI, abandonando o povo às tropas invasoras e a governação estrangeira, "que tão barbaramente foram tratados" pelo bárbaro povo português, no dizer de VPValente. Os bandos dominantes e respetivas elites (da merda!) viveram sempre alapados no Estado sob proteção estrangeira e não hesitam nunca em os chamar a intervir na nossa pátria, como aconteceu no recente período 2009/2011. Venha a ajuda externa!, sim, mas com intervenção direta do grande capital financeiro internacional para nos governar! Foram sempre as classes populares que jogaram o pescoço e bens para defender este território de "pernas longas e sem cabeça". No século XIX, dividiram-se em "Grupo Francês" e "Grupo Inglês" e logo após o 25 de Abril dividiram-se entre dois imperialismos, o Soviético e o Americano. O povo na rua impôs o mais importante e possível: a Democracia. Mas não os afastou do poder político e económico. Não conseguiu esmigalhar-lhe os cornos. É vê-los aí babados de orgulho e prazer pelo iluminado documento do FMI posto a circular para amedrontar o povo e condicionar o Constitucional. É vê-los cantando, rindo e dançando lá pelos brasis da nossa tragédia. E conspirando contra o povo português!
José Sócrates enfrentou-os decididamente, com coragem e determinação. Eles sentem que é hora de festejarem a vitória!
Que os deuses nos livrem, mas isto está mesmo a pedir porrada. Esta gente anda mesmo a pedi-las. No osso.’
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