quarta-feira, abril 17, 2013

Abril que antecipou Abril


Faz hoje 44 anos que Américo Tomás e os ministros da Educação Nacional e das Obras Públicas se deslocaram à Universidade de Coimbra para inaugurar o edifício das Matemática. O que seria apenas uma sessão solene transformou-se num momento marcante da contestação estudantil, quando Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra, pediu a palavra. Américo Tomás recusou o pedido e, após a intervenção do ministro Rui Sanches, estas figuras do Estado Novo puseram-se em fuga.

Veja-se esta reportagem da RTP2 (1.ª parte e 2.ª parte) sobre a crise académica de 1969.

2 comentários :

ECD disse...

Saúdo o Alberto Martins; penalizo-me por, num 1º momento ter, como muitos outros "associativos" de Lisboa, considerado esta luta como reformista!

Não posso deixar de legendar a fotografia do post: o filho de puta que está à direita do Tomás é o José Hermano Saraiva, na altura ministro da Educação, cuja morte recente deu ocasião, para além do habitual choro das carpideiras, a vários "buracos de memória" súbitos.
Muito embora não seja uma surpresa nem em termos de tom nem de conteúdo a declaração do Nibinho aqui deixo o link de acesso

http://www.presidencia.pt/?idc=37&idi=68434

ECD disse...

Esqueci-me de uma "nota de rodape": o sucessor do Saraiva como ministro da educacao foi o Veiga Simao que ainda anda por ai; depois devidamente reciclado pelo Spinola e pelo Almeida Santos foi, imagine-se, ministro da industria e da defesa de governos socialistas. Enquanto ministro da educacao inventou e mandou para a universidade os gorilas quem entre outras "bizarrias" davam porrada que se fartavam nos estudantes. Pelo meu lado, continuo a sair da sala quando esta pesonagem comeca a botar faladura, incluindo em cerimonias academicas - ate para engolir sapos em nome da academia ha limites!