Lê-se hoje no “Diário Económico”:
A mistificação continua: Draghi faz parte daqueles que trata os europeus como totós para tentar justificar que esta farsa que se chama “resposta europeia à crise” está a funcionar. A “correcção estrutural” de que Draghi fala pode existir no universo de propaganda em que a elites europeias vivem, mas não na realidade. Se virmos os dados - retirados da European Comission Winter Forecast 2013, publicado em Fevereiro passado (pág.135, table 47) – vemos que o desempenho das exportações em 2012 (excluímos os anos 2009-2011 porque os valores são influenciados primeiro pela crise internacional em 2009 que afundou as exportações em todos os países, e os dois anos seguintes, onde os valores são mais elevados porque representam uma recuperação em relação ao ano da queda) nos três países que Draghi refere é em dois deles – Portugal e Espanha - inferior à média do período que vai de 1999 a 2008, enquanto em Espanha apenas a estimativa do crescimento das exportações para 2013 – estimativa, atenção – é marginalmente superior à média da evolução entre 2004 e 2008, e inferior à média do crescimento entre 1999 e 2003.
Já que Draghi fala de redução dos custos laborais, o país onde eles mais caíram desde o início da crise foi a Grécia: -11,2% entre 2008 e 2012. Era suposto que esta “correcção estrutural” da Grécia tivesse um impacto espetacular nas exportações gregas, certo? A verdade é que, se entre 1999 e 2003 as exportações gregas cresceram a uma média de anual de 4,9%, e entre 2004 e 2008 a uma média anual de 6,4%, em 2012 – depois de uma queda brutal dos custos unitários de trabalho - elas caíram 2%, e em 2013 espera-se – estimativa, atenção - que cresçam apenas 2,7%.
Até onde pode ir o descaramento?
A mistificação continua: Draghi faz parte daqueles que trata os europeus como totós para tentar justificar que esta farsa que se chama “resposta europeia à crise” está a funcionar. A “correcção estrutural” de que Draghi fala pode existir no universo de propaganda em que a elites europeias vivem, mas não na realidade. Se virmos os dados - retirados da European Comission Winter Forecast 2013, publicado em Fevereiro passado (pág.135, table 47) – vemos que o desempenho das exportações em 2012 (excluímos os anos 2009-2011 porque os valores são influenciados primeiro pela crise internacional em 2009 que afundou as exportações em todos os países, e os dois anos seguintes, onde os valores são mais elevados porque representam uma recuperação em relação ao ano da queda) nos três países que Draghi refere é em dois deles – Portugal e Espanha - inferior à média do período que vai de 1999 a 2008, enquanto em Espanha apenas a estimativa do crescimento das exportações para 2013 – estimativa, atenção – é marginalmente superior à média da evolução entre 2004 e 2008, e inferior à média do crescimento entre 1999 e 2003.
Já que Draghi fala de redução dos custos laborais, o país onde eles mais caíram desde o início da crise foi a Grécia: -11,2% entre 2008 e 2012. Era suposto que esta “correcção estrutural” da Grécia tivesse um impacto espetacular nas exportações gregas, certo? A verdade é que, se entre 1999 e 2003 as exportações gregas cresceram a uma média de anual de 4,9%, e entre 2004 e 2008 a uma média anual de 6,4%, em 2012 – depois de uma queda brutal dos custos unitários de trabalho - elas caíram 2%, e em 2013 espera-se – estimativa, atenção - que cresçam apenas 2,7%.
Até onde pode ir o descaramento?
- Pedro T.
2 comentários :
Draghi? Ex-Goldman Sachs, ou seja um profissional da aldrabice.
Mais ou menos a propósito:
Alguém me consegue explicar, afinal, que juros temos estado a pagar? Da totalidade do empréstimo ou do que temos recebido?
E aquela famosa receita inesperada dos câmbios?
É verdade que rondavam os 4 mil milhões?
Independentemente da quantia, o que aconteceu a essa guita? Foi aplicada em quê?
Algum iluminado que me ajude sff.
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