- ‘Ficou claro, mais uma vez, que estamos em estado de guerra. E que de um lado está o Governo e os seus acólitos - cada vez são menos, é certo - e do outro estão os portugueses. Perante a evidência do fracasso da receita que está a ser seguida, o Executivo, em vez de levantar a voz e dizer "basta!" a quem persiste na intenção de matar o doente com a cura, continua a comportar-se como encarregado obediente e subserviente dos credores em Portugal.
Sabemos inclusive que o ministro das Finanças, do alto da sua genial e proverbial inteligência, e com a sobranceria de quem "não foi eleito coisíssima nenhuma" mas ungido, utilizou o Documento de Estratégia Orçamental, o famoso DEO, para, nas instâncias internacionais, dizer mal de Portugal e dos portugueses, classificando como "irresponsáveis" todos os malandros que o antecederam. No fundo, Vítor Gaspar comporta-se como um ministro de Pétain, na França de Vichy. Isto é, tal como a minoria colaboracionista de 1940 a 1944, também o diligente delegado da troika em Lisboa obedece, orgulhosamente, à política de destruição do Estado e da economia portuguesa. Sim, porque é disso que se trata. De nada valem as medidas avulsas para estimular o crescimento económico e o fomento industrial apresentadas por Álvaro Santos Pereira, se depois chegam Passos e Gaspar e matam à nascença todas as possibilidades de recuperação económica.
Que ninguém se iluda. O novo pacote ontem apresentado, a pretexto de dar resposta ao chumbo do Tribunal Constitucional a medidas consideradas ilegais, só vem criar mais desemprego, agravar a recessão e destruir, ainda mais, a economia.’
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