quinta-feira, maio 02, 2013

O “consenso”


Depois de se ter estreado num briefing do Conselho de Ministros a pronunciar 12 vezes a palavra “consenso”, o ministro Maduro saiu hoje da toca para bater o seu próprio record, ao conseguir articular a mesma palavra 49 vezes. Na véspera de o alegado primeiro-ministro anunciar a maior pilhagem do Portugal democrático, o ministro Maduro garante estar a ser sincero quando apela ao “consenso”.

Que propõe o Governo? Isto:
    Nós vamos sacrificar os trabalhadores do Estado e os reformados. Se a oposição quiser, pode escolher entre atirá-los ao mar ou lançá-los para a vala comum.

    Nós decidimos também dar uma machadada fatal nas funções sociais do Estado. Se a oposição se mostrar disposta a colaborar, pode optar entre o modelo de Estado social do Bangladesh ou o do Ruanda.

Em português, “consenso” significa “consentimento” ou “anuência”. É o que o Governo exige à oposição: o consentimento ou a anuência para a pilhagem. Como poderia o ministro Maduro não estar a ser sincero?

1 comentário :

Esgaziado em Auscwitz sem ter chegado a consenso com Himmler disse...



O "consenso" político, em bom Português, significa muito mais do que o "consentimento", ou a "anuência" pretendidos por estes CARRASCOS!


Não pode haver, nunca haverá "consenso" entre um carrasco e uma vítima.


Percebeste, ó Imaduro?