Mas o mais grave exemplo será porventura a renegociação das contrapartidas, primeiro com a Airbus Military, depois com a Ferrostaal. Com o argumento de que as contrapartidas devem ser trocadas por projectos reais, o gabinete do anão da Horta Seca reduziu as garantias prestadas pela Airbus e angariou um negócio aeronáutico para a Salvador Caetano, empresa que nunca antes havia feito um rebite de avião. E violando ostensivamente o princípio da separação de poderes, o mesmo gabinete teve ainda o desplante de renegociar obrigações cujo incumprimento anterior foi considerado crime pelas autoridades judiciárias portuguesas e está presentemente em julgamento. Mais sério se torna isto sabendo-se que todas as peripécias foram preparadas no gabinete do anão da Horta Seca em ligação directa com um assessor do primeiro-ministro e promovidas por um amigo pessoal do mesmo, Artur Mendes. Os inquéritos criminais sucedem-se e nos gabinetes do Governo nem se pronuncia o nome de Manuel Pinheiro, o adjunto do anão responsável pelo tema, sem que de São Bento saia qualquer instrução vagamente semelhante à que recentemente foi dada quanto aos gestores de empresas públicas que aceitaram contratos de swap.
[a continuar]
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* Uma série de textos escritos pelo leitor Filomeno Carranca.
1 comentário :
A reindustrialização do país no seu esplendor e à imagem do pequenino anão da Horta Seca. Parece que esse plano continua em rápido desenvolvimento: A Solvay vai encerrar a sua fábrica em Portugal, depois de 150 anos de laboração contínua, e mandar para o empreendedorismo (novo nome do desemprego)mais 90 pessoas. O anão deve estar a celebrar com champagne este triunfo da sua revolução industrial. Por falar em anão: alguém sabe o que é feito dos geniais planos mineiros do país que iam trazer milhões e empregar outros tantos? É que nos últimos meses o tema desapareceu dos jornais e da agenda política...
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