No regresso da sua recente viagem de prestação de contas a Berlim, Vítor Gaspar fez questão de anunciar que havia recebido uma atençãozinha do “colega e amigo” Schäuble: a garantia de financiamento das PME por parte do Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), o banco de fomento lá do sítio.
Acontece que, ao contar o conto, o delegado dos credores no Terreiro do Paço acrescentou-lhe um ponto — ou dois. Com efeito, Gaspar omitiu, por um lado, que a oferta de Schäuble ainda tem de ser submetida ao crivo da comissão de orçamento do parlamento alemão e, por outro lado, que outros países periféricos, designadamente a Espanha, serão também contemplados com tais ofertas.
O Governo e a direita dos interesses têm procurado pôr a circular a ideia de que, apesar das (re)correntes aselhices orçamentais e de se comportar como uma arma de destruição em massa do tecido económico, Vítor Gaspar tem influência em Berlim. Ora nada leva a crer que assim seja. Ter influência significa ter capacidade de influenciar, chegar ao pé de Schäuble e poder dizer-lhe: — Ó Wolfgang, estamos a partir aquilo tudo lá nos confins do Império. Já não digo que invertamos a estratégia, mas é preciso ao menos desacelerar.
Não é esta a função atribuída a Vítor Gaspar. Ele desloca-se ao centro da Europa para apresentar resultados e receber instruções. Como um capataz se comporta perante o patrão. Este comportamento típico de um subalterno não lhe permite influenciar “coisíssima nenhuma”.
5 comentários :
Afinal não é pelos lindos olhos de Gaspar...
Como verdadeiro subalterno que é...limita-se a receber os restos do primo espanhol
exactamente
Dois psicopatas.
Adenda:
...e dois medíocres governantes, sem nível algum.
Duas bestas, ignorantes e sem CARÁCTER.
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