• Pedro Nuno Santos, Em nome da democracia e da UE:
- “Este é o terceiro Orçamento do Estado marcado pela austeridade. O país está hoje mais pobre, centenas de milhares de portugueses perderam o emprego, muitos outros viram-se forçados a emigrar, milhares de empresas fecharam, a administração pública degradou-se e o Estado social afundou-se. Este era o custo que supostamente teríamos de sofrer para pagarmos o que devíamos. Tem sido em nome da dívida pública que a austeridade tem sido imposta. No entanto, apesar dos sacrifícios sobre-humanos que têm sido impostos ao povo português, continuamos com um nível de dívida pública elevado e por controlar. Esta parece uma corrida para o fundo, em que vamos devastando o nosso país e o nosso modo de vida em nome de uma dívida pública que não é possível pagar. Estamos, portanto, mais pobres em nome de nada. Não deixa de ser um fenómeno que perante o fracasso completo do actual rumo não se tenha simplesmente parado. Ainda que com dificuldade, é possível compreender o autismo dos credores internacionais - como se estão a marimbar para um povo que não é o seu, querem apenas assegurar que recebem tudo a que acham ter direito. O que já não se pode compreender e aceitar é a atitude subserviente e antipatriótica dos governantes portugueses. A União Europeia, no passado promessa de paz e prosperidade, é cada vez mais rejeitada pelos povos europeus. A extrema-direita, na ausência de partidos democráticos capazes de assumir um discurso patriótico, floresce em muitos países europeus. Actualmente, só um discurso e um programa patrióticos poderão salvar, não só os estados europeus mais atingidos pela crise, mas sobretudo a ideia de uma Europa unida, solidária e democrática. Comecemos por dizer não a este Orçamento do Estado.”
1 comentário :
Eu conto 4: 2011, 2012, 2013 e 2014!
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