segunda-feira, outubro 14, 2013

Tratado sobre a cultura Pingo Doce


Gabriel Mithá Ribeiro, professor de História na escola pública, é um dos convidados da Fundação Pingo Doce que, durante esta semana, vai animar o debate online “Onde acaba a indisciplina e começa a violência”, o qual ocorre em simultâneo com as conferências em Lisboa e Braga sobre “A Indisciplina na Escola”.

Mithá Ribeiro dá hoje uma longa entrevista ao i, da qual respigámos algumas passagens:
    «(…) Sou um professor autoritário, mas para isso beneficio de duas vantagens que são vergonhosas de dizer num estado civilizado. Uma: sou homem e posso ser fisicamente afirmativo. Se um aluno desobedecer à minha ordem estou preparado para actuar. Não dou aulas sem estar fisicamente bem preparado - faço jogging, exercício, etc.»

    «Comecei tão incompetente como qualquer professor. Ao fim de uns anos, cortei completamente com o chamado ensino auto: o ensino em que não é o professor que ensina é o aluno que aprende, não é o professor que dá nota é o aluno que auto-avalia e não é o professor que impõe regras é o aluno que negoceia essas regras com o professor. Nas minhas aulas, eu ensino e os alunos aprendem. Nunca promovi auto-avaliação dos alunos e nesse aspecto fui contra a lei. Se sei que é uma fonte de perda de autoridade porque vou por esse caminho?»

    «(…) Os alunos tomam notas, memorizam e tiram dúvidas no fim.»

    «No início do ano há sempre uns espertos que querem interromper. A minha reacção é dizer "Pegue nas suas coisas e rua!" (…) Chegava a pôr na rua o mesmo chico-esperto todos os dias. Ao fim de um mês, chegava a dizer ao aluno que ele já estava chumbado.»

    «Tive um aluno que ficava à porta da sala a gozar enquanto os colegas entravam. Um dia em que entrou, agarrei-o com a toda a força e rebentei-lhe a camisa e só não lhe bati. Ficou de tal maneira assustado que nunca mais apareceu nas minhas aulas. (…)»

    «[As famílias] São empecilhos e criaram uma confusão entre o papel do professor e o papel do pai, o papel do aluno com o papel do filho. Isto foi terrível no plano da autoridade. A escola abriu-se à comunidade de tal forma que agora qualquer um se sente com autoridade para dizer o que os professores deviam ensinar. Quando a escola se fechar sobre ela própria, não terá de se justificar o porquê das regras que aplica.»

13 comentários :

Anónimo disse...

Autoridade sim, autoritarismo NÂO! O que este 'excelso' professor professa, é violentamente reaccionário mas, está na linha de tudo o resto a que se propõe este (des)Governo.

Sousa Mendes disse...

Pelo que está transcrito, parece que atividade de professor para o dito se assemelha bastante à de guarda prisional ou de capataz de plantação com trabalho escravo. E, está vedada a pessoas com pouca destreza física, mulheres frágeis e deficientes ou outras pessoas que, embora tenham conhecimentos intelectuais adequados, não tenham aprendido boxe ou outras artes de defesa (e ataque) pessoal. Ora aqui está o exemplo acabado de um professor do estado novo.

Anónimo disse...

O que pergunto é como é que uma criatura destas ainda é professor?

Anónimo disse...

Não é preciso grandes voltas à cabeça para classificar o rapaz: rambo falhado.
Reaccionário, pateta e ridículo são simplesmente adornos; nem outra coisa seria de esperar de quem escreve, nas matérias "africanas", à chefe de posto

ana paula disse...

Até me espantei com a sinceridade. Ali, preto no branco, os princípios que formaram as escolas em ditadura e que quisemos melhorar em democracia.

Que depressão!

ignatz disse...

palavras para quê, selecção pingo doce.

Anónimo disse...

Este artolas está ao nível do merceeiro holandês.

Anónimo disse...

Como diria o tal de Fernando Romano ou o amigo Abrantes só pode ser um homem de mão do famigerado Nogueira, o malandro !!!

Anónimo disse...

Caros Amigos
Com todo o respeito que tenho por todos, sugiro um vídeo que talvez confirme muitos dos vossos sábios juízos:

http://www.youtube.com/watch?v=yjja7cEOIx0

Com os mais cordiais cumprimentos,
Gabriel Mithá Ribeiro

João das Regras disse...

Gabriel Tesão de Mijo, mais um empecilho do ISCTE, rambo falhado e chulo das contas públicas - eu sei que não tem havido concurso para a Guarda Prisional, mas não me parece que esta alimária passasse nos testes psicotécnicos.

O mais grave é ver essa nojenta fundação do Pingo Doce, encabeçada por novo imbecil, o ígnaro Garoupa -"jurista" travestido de economista que enfiou pelo traseiro acima toda a merda que os americanos lhe propuseram, acriticamente -, a enformar toda a opinião pública que se digne a ler essas "obras", que vão desde as baboseiras corporativas de outro operacional do ar-condicionado, Loureiro dos Santos, até cavalidades do próprio Garoupa e estes manualitos de punição física, perdão, de pedagogia "afirmativa" deste imbecil deste Mithá ou o raio que o parta.

Ponha-se uma advertência na capa desses "livros", como se fez nalguns discos ditos censuráveis, lá para os lados da Terra de Todas as Soluções, perdão, os Estados Unidos: a leitura desta coisa com páginas provoca sentimentos de profunda demagogia e retórica do mais baratucho, destrói o sentido crítico e torna o/a leitor/a numa besta seguidista e ovelha bípede do grande capital retalhista nacional.


Sociedade civil? Isto? Só na cabeça de "social democratas" e "liberais" desses que temos por aí...

QualquerUm disse...

Este um dia apanha um pai que pratique natação e halterofilismo...

Anónimo disse...

Gabriel tem filhos? ou entretém-se a mandar postas de pescada sobre o empecilho que é a família? Se tem o que diria se ele um dia chegasse a casa com a camisa rasgada e a dizer que foi um anormal de um professor que fez aquilo, qual seria a sua reacção? Tentaria saber o que se passou, ou ainda por cima dava um correctivo no seu filho, pois o professor esse ser iluminado é todo poderoso na sua sala de aula, como seria gabriel?

Cavalgadura disse...



Como é que esta besta ainda é prufeçor?


Precisamente porque um dia vai deixar de ser. Acredita, meu, que um dia és tu quem vai levar um valente coice, bem directo ao teu focinho!

E podes ir já hoje para a cama a pensar nisso, que é fatal como o Destino.