João César das Neves é, segundo consta, uma figura de algum relevo no seio da Igreja Católica — ou, para ser mais justo, no bojo de uma qualquer seita fundamentalista que a Igreja tolera. Batendo tanto com a mão no peito, nunca o vi no entanto preocupado com a pobreza ou empenhado em a combater.
No artigo que hoje escreve no DN, César das Neves devota-se a vaguear sobre A pobreza do discurso… sobre a pobreza. Sustenta ele, em síntese, que “as recentes conversas sobre pobreza” não visam “aliviar os pobres mas atacar o neoliberalismo, rejeitar a troika, derrubar o Governo, combater a reforma do Estado, o Orçamento ou outro decreto particular.” Em suma, conversas de gente que tem o desplante de fazer política.
E quem é esta gente que faz política em nome dos pobres para benefício próprio? A classe média: “Boa parte da retórica de contestação baseia-se neste mal-entendido, em que burgueses [sic] passam por infelizes. Entretanto, os verdadeiros desgraçados, mudos como sempre, ainda têm de ouvir os muitos aproveitamentos do seu nome.” César das Neves, que não faz política, esquece-se de explicar o que faria ele para “aliviar os pobres”.
Para a prédica bater certa, o ex-assessor económico de Cavaco Silva tem de dar umas valentes torções na realidade. Sustenta ele:
Ora, por mais que os Mota Soares do CDS-PP se contorçam, uma mentira repetida mil vezes não se torna verdade. Que “ressalvas nos rendimentos mais baixos” fez o Governo? Somou uns trocos à pensão mínima, mas cortou o complemento solidário para os idosos, que, ao invés da pensão mínima, tem em conta a situação de pobreza dos beneficiários. Por outras palavras, os mais pobres ficaram ainda mais pobres.
Quanto à declaração de que a despesa pública beneficia sobretudo a classe média e é financiada pelos pobres e pelos ricos, basta consultar as estatísticas do IRS para comprovar a sua absoluta falsidade. De resto, esta tem sido a grande batalha do Governo: convencer a classe média a não se opor ao desmantelamento do Estado Social a troco de uma menor tributação do seu rendimento.
No fundo, a qualidade da argumentação de César das Neves está patente nestas suas palavras: “Em Portugal não há manifestações de mendigos, miseráveis e necessitados.” Pois não, fá-las César das Neves, quando bate com a mão no peito.
No artigo que hoje escreve no DN, César das Neves devota-se a vaguear sobre A pobreza do discurso… sobre a pobreza. Sustenta ele, em síntese, que “as recentes conversas sobre pobreza” não visam “aliviar os pobres mas atacar o neoliberalismo, rejeitar a troika, derrubar o Governo, combater a reforma do Estado, o Orçamento ou outro decreto particular.” Em suma, conversas de gente que tem o desplante de fazer política.
E quem é esta gente que faz política em nome dos pobres para benefício próprio? A classe média: “Boa parte da retórica de contestação baseia-se neste mal-entendido, em que burgueses [sic] passam por infelizes. Entretanto, os verdadeiros desgraçados, mudos como sempre, ainda têm de ouvir os muitos aproveitamentos do seu nome.” César das Neves, que não faz política, esquece-se de explicar o que faria ele para “aliviar os pobres”.
Para a prédica bater certa, o ex-assessor económico de Cavaco Silva tem de dar umas valentes torções na realidade. Sustenta ele:
- • Os mais pobres têm sido poupados à dureza da austeridade (“as medidas do Governo têm trazido sempre ressalvas nos rendimentos mais baixos”);
• As despesas públicas são feitas para o benefício primordial da classe média (“A sua base lógica advém naturalmente de, representando de longe a maior parte da sociedade, as classes médias atraírem naturalmente as graças dos eleitos”).
Ora, por mais que os Mota Soares do CDS-PP se contorçam, uma mentira repetida mil vezes não se torna verdade. Que “ressalvas nos rendimentos mais baixos” fez o Governo? Somou uns trocos à pensão mínima, mas cortou o complemento solidário para os idosos, que, ao invés da pensão mínima, tem em conta a situação de pobreza dos beneficiários. Por outras palavras, os mais pobres ficaram ainda mais pobres.
Quanto à declaração de que a despesa pública beneficia sobretudo a classe média e é financiada pelos pobres e pelos ricos, basta consultar as estatísticas do IRS para comprovar a sua absoluta falsidade. De resto, esta tem sido a grande batalha do Governo: convencer a classe média a não se opor ao desmantelamento do Estado Social a troco de uma menor tributação do seu rendimento.
No fundo, a qualidade da argumentação de César das Neves está patente nestas suas palavras: “Em Portugal não há manifestações de mendigos, miseráveis e necessitados.” Pois não, fá-las César das Neves, quando bate com a mão no peito.
8 comentários :
César das Neves é mau demais, mas não vale os tiros gastos a atirar-lhe. Estamos com um bando de incapazes e malfeitores apoiados por coligação de interesses, que desconfio estão à procura de substitutos. Não nos enganemos nos inimigos. Tiro ao(s) alvo(s) certos sem descanso.
As "ressalvas nos rendimentos mais baixos" como, por exemplo no rendimento mínimo garantido, que foi dado a menos 30.000 pessoas , comparando Agosto de 2012 e de 2013.
O que levou, estou em crer, aos cortes de electricidade no Porto e outros que nem são noticia.
Porcos! Jesus teria nojo deles.
Voto tamanha osga a este tipo que sou incapaz de ouvi-lo e lê-lo. Cedo me apercebi que daria destacado conselheiro da Inquisição. Como ela não existe espalha por aí ódio e rancor à democracia e ao povo.
Citando de cor:
"E de tanto latim me terem dito
E de tanto dinheiro eu ter gastado
Não admira que eu esteja tão magrito
E quem vende esse latim tão anafado".
Das Neves é um vendedor de latim, um pregador de papo-cheio e mau de mais para ser verdade. O Papa Francisco deve ter insónias com católicos destes...
César das neves é isso mesmo. Um césarito de capa diluível. É um preconceituoso que quando fala só sai asneira. Um perfeito estúpido.
Um nojo, esse sujeito!
Quem tem como e-mail institucional "naohaalmocosgratis...", não merece o mínimo de consideração.
Depois de ouvir este animal, compreendo muito melhor Stalin. A união nacional, vulgo PSD, não é reciclável.
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