sábado, janeiro 11, 2014

Há apoios que valem mais do que mil palavras

Hoje no Expresso

Acusado — aliás, justamente — de ser o procônsul dos credores externos no Terreiro do Paço, Vítor Gaspar vê agora juntar-se à fama o proveito: Merkel apoia a sua candidatura a um cargo do FMI. Bem antecipava Passos Coelho: “não vale a pena estarmos a diabolizar o FMI”. Gaspar vai agora espatifar para outros lados.

7 comentários :

Evaristo Ferreira disse...

No mundo "orwelliano" que hoje vivemos, sempre que na política aparece um "outsider", acabamos por chegar à conclusão de isto está tudo controlado pelos "marcianos" do grande capital.

Fernando Romano disse...

Palavras de Mário Soares:

"Se o PS fosse um bocadinho mais ativo, tinha 90%".

Palavras minhas:

José Sócrates, encare o PS de frente e vá à luta. Provoque um tal estrondo que acabe com o ripanço que por lá existe. A actual direção vai conduzir o PS à derrota. Pior: vai permitir que o povo sofra derrota mais desgraçada que a que sofreu em 5 de Junho de 2011. Mobilize o seu núcleo de apoio, escolham um candidato a Secretário Geral para ganhar as próximas legislativas, para derrotar os bandos que tomaram conta do poder e nos humilham a cada dia que passa.

Começa a ser um imperativo nacional.

Portugal está entregue a agentes dos madoffs deste nosso mundo.

Anónimo disse...

Notícia do Expresso: Deficit 2013 fica abaixo dos 5%!!!!

E o Gaspar é que não percebia nada!

João Santos disse...

Perante a situação que se vive no país não seria suposto o PS convocar a população para a rua como fez em 1975 na Fonte Luminosa?
É que não temos ninguém que nos proteja das medidas loucas deste governo.
O PS não pode estar à espera que o poder lhe caia no colo, até pelo fato de não descolar nas sondagens, tem obrigação de fazer qualquer coisa para que não seja considerado cúmplice de toda esta situação.

Anónimo disse...

Anónimo das 07:41, também em 2011 o déficit ficou abaixo do estipulado com a troika e vá? Isso impediu o desemprego galopante, a destruição da economia e o empobrecimento do país?
Vá tomar no $&/%&, é certamente dos que está a comer á grande á custa dos meus impostos.
Metem nojo.

QUE PARVOS QUE SOIS disse...

Pois é, anónimo choné (das 7:41).

O merceeiro Gaspar "não percebia nada", sim, mas de governação. Lá de contas, com o lápis atrás da orelha, sabe ele e muito, o finório! E quando se engana é como os vendedores da Feira da Ladra: é sempre a seu favor (ou a favor dos "seus"...)!

Chamem-lhe parvo, deolindos...

Anónimo disse...

Esta noticia sobre a ida eventual de Gaspar para o FMI tem contornos que permanecem por explicar.
1- Saberia à partida (digamos... em Julho, qdo se demitiu), Vitor Gaspar, que o lugar de chefe do departamento de políticas orçamentais iria vagar, e que poderia ocupar este lugar?
1.a- Carlo Cottarelli, demitiu-se somente em Outubro (com efeitos em Novembro) deste cargo no fundo, para exercer funções no actual governo Italiano. Para Cottarelli haveria vantagem em completar 5 anos de funções no FMI, para deste modo obter regalias associadas à antiguidade na instituição.
ver aqui:
http://it.wikipedia.org/wiki/Carlo_Cottarelli
Mas, e se em Julho, já se soubesse que Cottarelli não permaneceria no FMI e na Europa houvesse interesse que um nome de confiança ocupasse o cargo. Estaria Gaspar a ser uma opção para este lugar?
V. Gaspar, foi sempre visto como o mais intelectual dos ministros das finanças dos PIGS, quer pela academia quer pelo proprio FMI. Recorde-se que nem o MF irlandês, teve o destaque que Gaspar teven pelo FMI. Gaspar discursou em todas as reuniões anuais do FMI, enquanto esteve à frente do MF. Será mesmo difícil encontrar um MF europeu que tenha tido tanto destaque.
1-b Existe um wishful thinking por parte das Inst Europeias em que as obras de Gaspar tenham efeitos surpreendentes e inexpectáveis.

2- Irá mesmo V Gaspar para o FMI? Há uma diferença abissal entre os processos de recrutamento que envolveram o falecido Antonio Borges e o actual no caso do V Gaspar.
António Borges, foi para o FMI, mas só se soube disso na Imprensa Portuguesa qdo o próprio FMI o comunicou.
No caso de Vitor Gaspar, o processo de recrutamento ainda está a decorrer (só finalizará segundo o Expresso em finais de fevereiro), parece à partida, ter currículo para a posição, mas não esqueçamos que irá para um dos departamentos mais críticos do FMI nos dias de hoje- políticas orçamentais.
Quererão os EUA terem as suas políticas orçamentais julgadas por uma bitola europeia? Logo agora que os tappering e os cortes orçamentais tanta celeuma estão a causar? E os emergentes, que "salvaram" o crescimento global nos ultimos anos e estão a perder fulgor?
Acresce ainda mais um rol de questões? Porque raio ninguém fala da Candidatura de Vitor Gaspar fora do nosso rectângulo, tendo ele, supostamente, o apoio do governo alemão, um perfil tão marcado e concorrido para um lugar tão crítico.
Será só para português ver?
Das duas uma, se o lugar está garantido, é um sucesso para Vítor Gaspar, e estas noticias servirºao de algum modo para o enaltecer,
mas e se houver volte-face? Quem lucrará com isto?