domingo, janeiro 12, 2014

Os defensores do "ajustamento" esqueceram lições da História

• Emanuel Augusto dos Santos, Mais austeridade, quem nos acode? [ontem no Expresso/Economia]:
    ‘(…) Há dois anos, perante as arremetidas dos especuladores, o presidente do Banco Central Europeu fez uma declaração contundente de que faria o que fosse preciso para defender a moeda única europeia. E "tudo o que fosse preciso" foi entendido pelos mercados como a compra em quantidades ilimitadas de dívida soberana dos países do euro. E isto foi o que fez acalmar a especulação. Tomando a nuvem por Juno, o Governo luso reclamou para si os louros da descida das taxas de juro da dívida.

    A Europa vive a braços com os problemas da austeridade excessiva em tempos de recessão. A sua liderança errou no diagnóstico, atribuindo aos desequilíbrios orçamentais as causas da crise financeira. As dívidas dos países periféricos não pararam de aumentar desde 2008, evidenciando duas coisas: que o início da subida se ficou a dever à crise internacional e a sua continuação à austeridade excessiva. A Comissão Europeia (…) recomenda aos países da periferia que encolham o Estado e adotem políticas de desvalorização interna, ou seja, de redução de salários e rendimentos dos fatores produtivos nacionais. O mesmo é dizer, indicou-lhes o caminho do empobrecimento.

    Os mais acérrimos defensores da política de austeridade excessiva perderam o respeito pelos ensinamentos da História e da teoria económica e nem os erros dos seus estudos lhes causam qualquer sobressalto intelectual. Há um problema de insuficiência de procura agregada na economia europeia, mas até agora o que se tem feito é insistir na redução da despesa pública e, de forma indireta, também da privada. A supremacia da esfera financeira sobre a economia real tem levado ao enfraquecimento de ambas.

    É neste contexto, que a Portugal foi negada a flexibilização do objetivo orçamental para 2014. (…)Comprometido com a falha do programa de ajustamento que utilizou como trampolim para o Poder, o Governo finge saudar o seu fim e volta a carregar na austeridade sobre os pensionistas. Quem nos acode?’

4 comentários :

João Santos disse...

E ninguém pede responsabilidades a esse oportunista do Durão Barroso?
Não nos esqueçamos que este português foi dos que mais entraves colocou nas diversas avaliações da Troyka.

Anónimo disse...

Não sei.

Anónimo disse...

Ninguém nos acode, convençam-se. Durão Barroso ajudou a colocar Arnault na Goldman Sachs. Arnault vai ajudar Durão a chegar a Belém.Belém vai continuar a ajudar Passos e Companhia a enterrar o país.Conclusão:os portugueses gostam de ser "?" (não escrevo porque é feio).

Anónimo disse...

Ninguém nos pode ajudar senão nós próprios. E se nós aguentamos 50 anos salazarentos, aguentaremos mais 50 anos passistas sem abrir a boca.
É assim um povo mole, indolente, estupido e burro de carga.
Não há salvação.