• Emanuel Augusto dos Santos, Mais austeridade, quem nos acode? [ontem no Expresso/Economia]:
- ‘(…) Há dois anos, perante as arremetidas dos especuladores, o presidente do Banco Central Europeu fez uma declaração contundente de que faria o que fosse preciso para defender a moeda única europeia. E "tudo o que fosse preciso" foi entendido pelos mercados como a compra em quantidades ilimitadas de dívida soberana dos países do euro. E isto foi o que fez acalmar a especulação. Tomando a nuvem por Juno, o Governo luso reclamou para si os louros da descida das taxas de juro da dívida.
A Europa vive a braços com os problemas da austeridade excessiva em tempos de recessão. A sua liderança errou no diagnóstico, atribuindo aos desequilíbrios orçamentais as causas da crise financeira. As dívidas dos países periféricos não pararam de aumentar desde 2008, evidenciando duas coisas: que o início da subida se ficou a dever à crise internacional e a sua continuação à austeridade excessiva. A Comissão Europeia (…) recomenda aos países da periferia que encolham o Estado e adotem políticas de desvalorização interna, ou seja, de redução de salários e rendimentos dos fatores produtivos nacionais. O mesmo é dizer, indicou-lhes o caminho do empobrecimento.
Os mais acérrimos defensores da política de austeridade excessiva perderam o respeito pelos ensinamentos da História e da teoria económica e nem os erros dos seus estudos lhes causam qualquer sobressalto intelectual. Há um problema de insuficiência de procura agregada na economia europeia, mas até agora o que se tem feito é insistir na redução da despesa pública e, de forma indireta, também da privada. A supremacia da esfera financeira sobre a economia real tem levado ao enfraquecimento de ambas.
É neste contexto, que a Portugal foi negada a flexibilização do objetivo orçamental para 2014. (…)Comprometido com a falha do programa de ajustamento que utilizou como trampolim para o Poder, o Governo finge saudar o seu fim e volta a carregar na austeridade sobre os pensionistas. Quem nos acode?’
4 comentários :
E ninguém pede responsabilidades a esse oportunista do Durão Barroso?
Não nos esqueçamos que este português foi dos que mais entraves colocou nas diversas avaliações da Troyka.
Não sei.
Ninguém nos acode, convençam-se. Durão Barroso ajudou a colocar Arnault na Goldman Sachs. Arnault vai ajudar Durão a chegar a Belém.Belém vai continuar a ajudar Passos e Companhia a enterrar o país.Conclusão:os portugueses gostam de ser "?" (não escrevo porque é feio).
Ninguém nos pode ajudar senão nós próprios. E se nós aguentamos 50 anos salazarentos, aguentaremos mais 50 anos passistas sem abrir a boca.
É assim um povo mole, indolente, estupido e burro de carga.
Não há salvação.
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