quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Aliança Povo-MFA

Hoje no DN (clique na imagem para a ampliar)

O general Luís Araújo pediu a passagem à reforma no fim de Dezembro, quando ainda era chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) e sem avisar a hierarquia — Presidente da República e Governo.

Se a Caixa Geral de Aposentações me desse conhecimento” da aprovação do pedido de passagem à reforma, “tinha-me ido embora”. Trata-se de uma declaração do ex-chefe dos chefes militares, que entende que “foi um gesto de insubmissão contra uma decisão absolutamente leviana e aleatória” que consta do Orçamento do Estado para 2014. Referindo-se aos novos cortes previstos para este ano, o general Luís Araújo desabafou: “Não permiti é que me roubassem”.

A circunstância de o CEMGFA ter ignorado Cavaco, Comandante Supremo das Forças Armadas, e Aguiar Branco, ministro da Defesa, revela que o poder político não infunde respeito nas Forças Armadas. E ao comparar os cortes a roubos, o ex-chefe dos chefes militares dá conta de que as Forças Armadas estão atentas aos desvarios que o Governo comete sobre a sociedade portuguesa.

13 comentários :

Anónimo disse...

Isto é (devia ser) mais grave do que parece.
É inacreditável!
G.

ignatz disse...

"... dá conta de que as Forças Armadas estão atentas aos desvarios que o Governo comete sobre a sociedade portuguesa."

dá conta quando toca no bolso da sociedade militar, se os isentarem de sacrifícios até podem contar com eles para defender o regime ou reprimir a sociedade civil.

james disse...

O ministro da Defesa e o PR mancomunados ainda vão atempo de instaurar um processo disciplinar ao CEMGFA, por violação de tão "grave" dever de lealdade.

Será que ainda os têm no sítio?

james disse...



De certa forma o ignatz tem absoluta razão.

Evaristo Ferreira disse...

Quando as chefias militares assim procedem, é sinal de que as coisas estão feias. O Comandante Supremo (Cavaco Silva)foi desrespeitado, mas a verdade é que o CEMFA também nunca teve o apoio e solidariedade daquele. Chegámos aqui, onde cada um foi roubado por este Governo, e já ninguém tem paciência para aturar o desvario desta "gente honrada", consumidora das nossas poupanças, e do salário de cada trabalhador. Por mais manhosa que pareça a ação do CEMFA, nada se compara com a perfídia, a arrogância e o descaramento de quem nos governa.

james disse...

"Isto é (devia ser) mais grave do que parece.
É inacreditável!
G.

qua Fev 26, 05:34:00 da tarde"

Tudo é possível e já nada é grave. Enquanto o povo, o povinho e o povão estiverem focados nas antevisões (antevisões vejam só...) de jogos de futebol e respectivas palavras sábias de treinadores de futebol, está tudo dito: voltámos a 24 de Abril de 1974.

arebelo disse...

Formulo um só desejo,que as FA que são POVO,não se limitem `"às revoltas violentas"propaladas pelo inSeguro!E que para lá do que foi o monumental embuste da pseudo-legitimação deste desgoverno,têm por dever sair em defesa dos valores de Abril tantas vezes calcados e vilipendiados.E a bem dizer,já o deviam ter feito.

SI MI LA RE disse...

O general fez aquilo que todos fazen, para não serem roubados por um governo de canalhas. Vão aos lobies. A esses não vão porque querem um tacho`quando o povo lhe der com os pés. O general aposenta-se porque é um direito e uma opção individual e senhora que é presidente da assembleia de são bentinho ? sabiam que também pertence aos reformados deste quintal ?
EMIGREMOS ...

Carlos Silva disse...

Uma frase conhecida da Liderança é: "as palavras convencem, mas o exemplo arrasta". Um general que diz com frontalidade: "Não permiti que me roubassem"...convence-me com as suas palavras e constitui um exemplo. Já li a entrevista na totalidade e entendo que tomou uma posição corajosa, defendendo um direito que lhe assistia...e agindo contra a falta de respeito destes politicos, pelas Forças Armadas. Os militares e a própria Instituição Militar têm sido particularmente visados, quando colocados em confronto, as medidas que os penalizam, com os deveres e restrições a que estão sujeitos, de entre os quais sobressai o sacrifício da própria vida, se e quando a Pátria assim o exigir.
Julgo, por isso, oportuno elencar as medidas de que os militares, tem sido alvo e particularmente os penalizam, considerando a especificidade de um universo ao qual, para além da sujeição a especiais deveres, são subtraídos direitos de cidadania conferidos aos restantes cidadãos (disponibilidade permanente para o serviço, i.e., mobilidade sem quaisquer restrições, sem direito a horas extraordinárias, a fazer greve, etc.). E, para além disso, impostas restrições no âmbito mais vasto dos direitos, liberdades e garantias – limitações aos direitos de: liberdade sindical, expressão, reunião, manifestação, petição coletiva, capacidade eleitoral passiva, representação coletiva no foro judicial, etc.
Não tratem da mesma maneira o que é diferente...Se saisse em 2014, a sua reforma seria roubada em 20%, fez o que deveria ser feito. Cumpriu 47 anos de serviço.

Alexandra Herculano disse...




Espantástico...


O legado do anibal OKUPA de Belém, em termos materiais mas sobretudo MORAIS vai ser COLOSSAL!


Ou seja, vai exigir um ESFORÇO COLOSSAL para o prestígio da instituição cimeira da República e da Democracia voltar a cobrir-se de autoridade, de prestígio e da mais básica VERGONHA.

Anónimo disse...

Há aqui um Comentador residente, sempre eloquentemente opinativo, que resolveu chamar o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) a um assunto com o qual NADA tem a ver.

Evaristo Ferreira disse...

Ao Anónimo das 04:08:00 de Fev 27:
Tem razão ao apontar o meu erro. Eu referi CEMFA, e o correto devia ser CEMGFA. Um problema de dislexia e falta de atenção aos pequenos, mas importantes pormenores.
Com humildade, peço desculpa.

Anónimo disse...

Para mim, o sr. só se borrifou no cavaco para que não lhe fossem ao bolso. Se não fosse isso, até vendia a família. Estes srs gostam muito, mas muito, de dinheiro e mordomias.