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O general Luís Araújo pediu a passagem à reforma no fim de Dezembro, quando ainda era chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) e sem avisar a hierarquia — Presidente da República e Governo.
“Se a Caixa Geral de Aposentações me desse conhecimento” da aprovação do pedido de passagem à reforma, “tinha-me ido embora”. Trata-se de uma declaração do ex-chefe dos chefes militares, que entende que “foi um gesto de insubmissão contra uma decisão absolutamente leviana e aleatória” que consta do Orçamento do Estado para 2014. Referindo-se aos novos cortes previstos para este ano, o general Luís Araújo desabafou: “Não permiti é que me roubassem”.
A circunstância de o CEMGFA ter ignorado Cavaco, Comandante Supremo das Forças Armadas, e Aguiar Branco, ministro da Defesa, revela que o poder político não infunde respeito nas Forças Armadas. E ao comparar os cortes a roubos, o ex-chefe dos chefes militares dá conta de que as Forças Armadas estão atentas aos desvarios que o Governo comete sobre a sociedade portuguesa.
13 comentários :
Isto é (devia ser) mais grave do que parece.
É inacreditável!
G.
"... dá conta de que as Forças Armadas estão atentas aos desvarios que o Governo comete sobre a sociedade portuguesa."
dá conta quando toca no bolso da sociedade militar, se os isentarem de sacrifícios até podem contar com eles para defender o regime ou reprimir a sociedade civil.
O ministro da Defesa e o PR mancomunados ainda vão atempo de instaurar um processo disciplinar ao CEMGFA, por violação de tão "grave" dever de lealdade.
Será que ainda os têm no sítio?
De certa forma o ignatz tem absoluta razão.
Quando as chefias militares assim procedem, é sinal de que as coisas estão feias. O Comandante Supremo (Cavaco Silva)foi desrespeitado, mas a verdade é que o CEMFA também nunca teve o apoio e solidariedade daquele. Chegámos aqui, onde cada um foi roubado por este Governo, e já ninguém tem paciência para aturar o desvario desta "gente honrada", consumidora das nossas poupanças, e do salário de cada trabalhador. Por mais manhosa que pareça a ação do CEMFA, nada se compara com a perfídia, a arrogância e o descaramento de quem nos governa.
"Isto é (devia ser) mais grave do que parece.
É inacreditável!
G.
qua Fev 26, 05:34:00 da tarde"
Tudo é possível e já nada é grave. Enquanto o povo, o povinho e o povão estiverem focados nas antevisões (antevisões vejam só...) de jogos de futebol e respectivas palavras sábias de treinadores de futebol, está tudo dito: voltámos a 24 de Abril de 1974.
Formulo um só desejo,que as FA que são POVO,não se limitem `"às revoltas violentas"propaladas pelo inSeguro!E que para lá do que foi o monumental embuste da pseudo-legitimação deste desgoverno,têm por dever sair em defesa dos valores de Abril tantas vezes calcados e vilipendiados.E a bem dizer,já o deviam ter feito.
O general fez aquilo que todos fazen, para não serem roubados por um governo de canalhas. Vão aos lobies. A esses não vão porque querem um tacho`quando o povo lhe der com os pés. O general aposenta-se porque é um direito e uma opção individual e senhora que é presidente da assembleia de são bentinho ? sabiam que também pertence aos reformados deste quintal ?
EMIGREMOS ...
Uma frase conhecida da Liderança é: "as palavras convencem, mas o exemplo arrasta". Um general que diz com frontalidade: "Não permiti que me roubassem"...convence-me com as suas palavras e constitui um exemplo. Já li a entrevista na totalidade e entendo que tomou uma posição corajosa, defendendo um direito que lhe assistia...e agindo contra a falta de respeito destes politicos, pelas Forças Armadas. Os militares e a própria Instituição Militar têm sido particularmente visados, quando colocados em confronto, as medidas que os penalizam, com os deveres e restrições a que estão sujeitos, de entre os quais sobressai o sacrifício da própria vida, se e quando a Pátria assim o exigir.
Julgo, por isso, oportuno elencar as medidas de que os militares, tem sido alvo e particularmente os penalizam, considerando a especificidade de um universo ao qual, para além da sujeição a especiais deveres, são subtraídos direitos de cidadania conferidos aos restantes cidadãos (disponibilidade permanente para o serviço, i.e., mobilidade sem quaisquer restrições, sem direito a horas extraordinárias, a fazer greve, etc.). E, para além disso, impostas restrições no âmbito mais vasto dos direitos, liberdades e garantias – limitações aos direitos de: liberdade sindical, expressão, reunião, manifestação, petição coletiva, capacidade eleitoral passiva, representação coletiva no foro judicial, etc.
Não tratem da mesma maneira o que é diferente...Se saisse em 2014, a sua reforma seria roubada em 20%, fez o que deveria ser feito. Cumpriu 47 anos de serviço.
Espantástico...
O legado do anibal OKUPA de Belém, em termos materiais mas sobretudo MORAIS vai ser COLOSSAL!
Ou seja, vai exigir um ESFORÇO COLOSSAL para o prestígio da instituição cimeira da República e da Democracia voltar a cobrir-se de autoridade, de prestígio e da mais básica VERGONHA.
Há aqui um Comentador residente, sempre eloquentemente opinativo, que resolveu chamar o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) a um assunto com o qual NADA tem a ver.
Ao Anónimo das 04:08:00 de Fev 27:
Tem razão ao apontar o meu erro. Eu referi CEMFA, e o correto devia ser CEMGFA. Um problema de dislexia e falta de atenção aos pequenos, mas importantes pormenores.
Com humildade, peço desculpa.
Para mim, o sr. só se borrifou no cavaco para que não lhe fossem ao bolso. Se não fosse isso, até vendia a família. Estes srs gostam muito, mas muito, de dinheiro e mordomias.
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