domingo, abril 20, 2014

Da vida efémera das borboletas

— Aqui o meu vizinho amuou. Ao princípio, estranha-se, depois entranha-se. O Paulo há-de explicar-lhe.

• Ferreira Fernandes, Maria Luís e Lima com açúcar e desafeto:
    «(…) Um colunista de opinião argumentaria sobre a contradição entre A (Albuquerque) e B (Lima) e mostrava como essas notícias confirmam o que já fora escrito por Bertrand de Jouvenel no magistral Essai de Politique Pure. Mas eu sou mero cronista, mais terra-a-terra. Sou colecionador de borboletas e o mais alto que vou nem sou eu, é a rede, caçando lepidópteros que voam por aí. O conflito no interior do Governo por causa das taxas sobre o excesso açúcar não me escapa, como não escapa aos opinion makers. Mas numa crónica (nas minhas, pelo menos) não se sobe acima da chinela. Lembro a taxa da Albuquerque só porque ela ilustra o sugar de néctar, tão próprio das borboletas. Lembro o suicídio da coligação de Lima, por evocar a vida efémera das borboletas. Se a vida (a crónica do quotidiano) fala por si, porque hei de eu aborrecer-vos com a minha opinião?»

1 comentário :

Anónimo disse...

É mesmo uma maçadoria inconseguirem entender-se.