sexta-feira, abril 25, 2014

O 25 de Abril

• Fernanda Câncio, No fim da estrada:
    «(…) Quem, do PC ao PNR, passando por este Governo de maçães, resume os 40 anos a "desperdício", "corrupção" e "traição" não está bem da cabeça. Outra coisa é dizer que é tudo perfeito, que chegámos ao fim da estrada da canção de Gomes Ferreira (o escritor, não confundir). Aliás, a ideia de que um golpe de Estado nos colocaria, por milagre, na terra do leite e do mel, bastando-nos agradecer a dádiva, comunga da infantilidade amorfa que nos fez, como país, aguentar 48 anos de uma ditadura tacanha. Se há falhanço nestas quatro décadas é esse - o de tanta gente achar que a política é uma coisa que lhe acontece, não algo que se faz. Ter nojo "dos políticos", achando que "são todos iguais", entregando-lhes ao mesmo tempo o destino, é capaz de ser uma grande estupidez - e para isso é que, de certeza, não foi feito o 25 de Abril.»

7 comentários :

Anónimo disse...

Para não variar, mete o PC no sítio onde o PC nunca se meteu. Uma tontinha.

ignatz disse...

oh tóino de cima! pc quer dizer passos coelho, partido comunista ou ambos?

Akiagato disse...

É de facto uma grande estupidez culpar apenas os políticos

Anónimo disse...

Infelizmente, temos um povo que , embora tenha evoluído em termos de formação académica, não adquiriu capacidade crítica.

jose neves disse...

Caríssima,
Não meta, como faz a esquerdíssima e a direitíssima, tudo nas amplas palavras de que "é tudo o mesmo", ou "são todos iguais" e devia perceber que M. Soares não pensa à pressa nem faz conversa de café.
Já devia ter percebido que M. Soares é um político que faz política e sabe fazer política para mudar as coisas segundo o que acha certo. Ele não faz política para fingir que se mexe e está vivo, pelo contrário, age e reage sobre o que está, e dada a sua longa experiência, sabe que só agindo e agitando pode levar à consciencialização do outro mais atrasado politicamente. Ele sabe de sabedoria prática que não pode filosofar platonicamente sobre valores absolutos mas sim sobre valores relativos como os sofistas porque as vitórias políticas obtêm-se salientado a maldade do adversário e recusando qualquer bondade deste especialmente quando este no global da sua acção só resulta empobrecimento e miséria.
Claro, o CC, explica acima com gráficos claros que tudo está muito melhor 40 anos depois mas será que se tudo continuar como vai poderemos dizer o mesmo daqui a tempos?
É na perspectiva do mal presente que o seu forte instinto político o faz pensar num pior futuro logo é preciso agir, se preciso, usando as armas do adversário.
Fazer política no terreno vai muito além de fazer opinião nos jornais o que, aliás, ele também faz com palavras certeiras e directas.

Anónimo disse...

Ignatz, outro tontinho, convencido que os outros é que são totós.

Quem vos não conhecer que vos compre.

Rosa disse...




José Neves, tem toda a razão...