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Depois da entrada suja, uma saída «limpa»? Veja-se o que fica relativamente ao défice e à dívida:
A consolidação orçamental acumulada entre 2011 e 2013, medida pela redução do défice global (não se considerando as medidas extraordinárias e não repetíveis) em percentagem do PIB, foi de dois pontos percentuais (de -7,3% para -5,3%).
Este resultado foi obtido com medidas de austeridade no valor de cerca de 29.500 milhões de euros, ou seja, tendo decidido o Governo de Passos & Portas «ir além da troika» em mais 12.000 milhões de euros (ou mais 69%).
Em simultâneo, o objectivo era não deixar que a dívida pública ultrapassasse um pico de 115,3% do PIB em 2013, mas a verdade é que se chegou no final do ano passado aos 128,8%.
O Governo e a Comissão Europeia decidiram fingir que está tudo bem e promover agora uma saída «limpa». Acontece que há nesta posição um duplo fingimento: em relação à situação presente, como se vê, e em relação ao futuro.
Ora, para alcançar em 2017 o défice de 0,7%, significa que o país terá de fazer uma consolidação orçamental acumulada de 4,6 pontos percentuais (descontando eventuais medidas extraordinárias). Em termos anuais, a manter-se a destruição da economia portuguesa, significa qualquer coisa muito semelhante ao que foi feito nestes três anos. É esta uma saída «limpa»?
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