quarta-feira, setembro 17, 2014

O debate que interessa

• Pedro Nuno Santos, O debate que interessa:
    «(…) Nem o crescimento das nossas exportações consegue compensar o crescimento das nossas importações, nem a nossa indústria tem capacidade de as substituir. É por isso que modernizar e industrializar a economia portuguesa deve ser o nosso maior desígnio. António Costa tem apresentado ao país uma Agenda para a Década, com uma visão estratégica de médio prazo, para que consigamos recuperar economicamente o país e modernizar a nossa economia de forma sustentável: valorizando as pessoas, os recursos, o território e a nossa língua; apoiando a modernização do tecido produtivo e investindo na educação e na formação, na ciência e na investigação. Em articulação com esta Agenda, António Costa tem apresentado um Programa de Recuperação Económica que define os objectivos principais e identifica os instrumentos fundamentais a mobilizar para os atingir. É este o debate que interessa.»

1 comentário :

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...



Não concordo nada.


Isso seria voltar à inocência perdida dos tempos políticos pré-tróica.


O debate sério que há a fazer em Portugal, haja quem abra de vez os olhinhos aos nossos líderes partidários bem-intencionados, é acima de tudo:

1º - o papel determinante de um sistema de Justiça moderno, eficaz, célere e escrutinável num Estado de Direito democrático nos tempos que vivemos (a nossa "justissa" parece ainda vegetar agonicamente no tempo do parnasianismo!);

2º - o poder dos órgãos de comunicação social e a sua influência nociva no eleitorado, em virtude duma absoluta ausência de regras deontológicas e de ética;

3º - o sistema eleitoral e o poder dos aparelhos partidários eivados de compadrios e nepotismos;

4º - a permeabilidade de corrupção das instituições democráticas pelos poderes fácticos, nomeadamente o da alta finança.


Enquanto os líderes políticos, sobretudo os que se reclamam dos valores da Esquerda, não centrarem o debate cívico do Séc. XXI nestes assuntos e esquecerem de vez as velhas grelhas de análise ideológica dos tempos da guerra fria e do Fascismo, nunca mais se conseguirá mobilizar o Povo português para as ingentes tarefas da modernização social e do desenvolvimento material e cultural.


E o terceiro "D" do 25 de Abril continuará continuamente à espera da concretização, enquanto o segundo "D" se degrada e perde o seu fulgor inicial.


Capito, camaradas?