segunda-feira, setembro 29, 2014

Perguntar não ofende

No discurso de vitória, António Costa não deixou de saudar todos os militantes e simpatizantes que participaram nas eleições primárias: «estas eleições não foram a derrota de ninguém, mas a vitória de todos os militantes e simpatizantes do PS». Por outras palavras, o próximo secretário-geral do PS respeita as opções tomadas por cada um e conta com todos para as batalhas que se avizinham. Ainda assim, os jornais põem em relevo a circunstância de António Costa não ter feito uma referência expressa ao líder demissionário. Depois de uma campanha que teve momentos tão baixos, não é de enaltecer que haja na política quem recuse assumir posições hipócritas?

12 comentários :

Ricardo Pinto disse...

Claro que sim!

Depois de tudo o que aconteceu durante estes 4 meses, ainda para mais com a cereja em cima do bolo do último debate, o silêncio sobre Seguro só mostra integridade de carácter por parte de Costa.

Anónimo disse...

António Costa fez mito bem ao não se referir a Seguro no discurso. Só não se sente quem não é filho de boa gente. Ninguém vai esquececer as calúnias que Seguro insinuou.

Anónimo disse...

Também concordei em que AC não se referisse a AJS. Basta da hipocrisia do "politicamente correcto".

Anónimo disse...

Pois é, anónimo das 4:12, só sectarismo e ressentimento imaturo! A meu ver devia ter-se referido a Seguro, sim senhor. Expressamente, pois é o ex-secretario geral que tinha acabado de se demitir, o que traduziu um gesto final de dignidade. E Costa devia ter proferido uma frase apaziguadora, de consideração, pois é assim a democracia entre adversários e o comportamento institucional. O retrato do SEGURO ficara ao lado dos outros no RATO e demais locais públicos do PS.

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com o anónimo das 4:32. PATRIMONIO do PS não se nega Assume-se institucionalmente! Tudo é historia, com o bom e o mau que teve e tem. Porque foi que a direcção do PS bandonou o Povo português à sua sorte e aos desmandos da canalha governamental? Os militantes votaram em seguro e mostraram a sua mediocridade. E quase todos pensavam e pensam ainda dentro da corrente de intoxicação dominante.Tudo tem uma razão de ser, profunda, que radica em várias circunstancias e dificuldades. Há que há que entender e persistir no combate de ideias, com todo o saber e sinceridade, com nova gente e reforçados valores. As dificuldades persistem. Não se neguem a ver.Tem de se procurar entender para se fazer diferente e melhor.

RFC disse...

Hum, a pergunta deve ser: não o fez mas não o fez porquê? Uma hipótese, para começar: porque a referência a António Costa no discurso de António José Seguro não foi acompanhada por um simples telefonema* e isso deveria ser tido em conta (e a fórmula estilística *redonda* que o CC apresenta pretendeu resolver o assunto)?

* Embora não tenha ouvido novamente o discurso, parece poder dizer-se que não.

Francisco Clamote disse...

Também acho que depois, do que se passou na campanha eleitoral, uma referência em especial a Seguro teria todo o sabor a hipocrisia. E hipocrisia é coisa que abomino. Uma das razões, aliás, por que não suportava Seguro.

Anónimo disse...

Mas, creio, fez uma referencia ao discurso de demissão do SG (será melhor confirmar). Quanto aos comentadeiros direitolas que fizeram referencia isso, a maioria deles já estava ao ataque. Então um tal Pintonu , na RTP, nem queria creditar numa figura daquelas a ser pago pelo meu dinheiro....

RFC disse...

Rui Costa Pinto, a ferver.

Anónimo disse...

A direita alimenta-se da hipocrisia. E por isso ficaram ofendidos do SEU candidato não ter recebido como consolação uma fatia desse bolo. Seguro foi o pior Sec Geral que o PS já teve, e é co-responsável por omissão por todas as filha-da-putices que o seu GRANDE amigo Passos e a sua sombra e também seu GRANDE amigo Dr Relvas fizeram aos portugueses e que andarão os meus netos décadas a pagar. O seu retrato ficará na parede é certo, mas profundamente ofuscado pela sua absoluta mediocridade e falta de dimensão, em contraste com o brilho de todos os outros grandes homens e mulheres que construiram o PS sem o negar, sem o apoucar, sempre com verticalidade de princípios que é coisa que o capacho de Passos nunca teve! Seguro teve aliás uma grande sorte: A sorte de um militante como eu, que ajudou a construir o PS durante 40 anos com muito trabalho e sacrifício pessoal, ainda andava ele a fazer cócó na fralda, não ter ido lá à porta da sede dar-lhe a carga de porrada que ele merecia.

Anónimo disse...

Mas foi feita a referência a Seguro, aliás, foi logo o primeiro momento do discurso. O atirar do cravo à plateia, foi ou não foi uma resposta contra a campanha suja de Seguro?

Anónimo disse...

Depois das grandes manifestações de 15 de setembro de 2012, houve um adormecimento cívico que só despertou em setembro de 2014 com as primárias do PS. É necessário que António Costa nos mantenha acordados.