segunda-feira, setembro 29, 2014

«Se os factos não se encaixam na teoria, mude a teoria»

«Se os factos não se encaixam na teoria, mude a teoria», diz o velho ditado. Mas, muitas vezes, é mais fácil manter a teoria e mudar os factos, como parecem acreditar ser possível Angela Merkel e outros líderes europeus pró-austeridade. Com os factos à frente do nariz, eles continuam a negar a realidade. É mais ou menos nestes termos que começa um artigo de Joseph Stiglitz intitulado Europe’s Austerity Disaster. Vale muito a pena lê-lo.

4 comentários :

Anónimo disse...

Enquanto António Costa não organizar um debate económico- politico da viragem, uma miniconferência estratégica, muito bem preparada, muito selecta e restrita, não vai longe na estruturação de ideias abertas e claras. Reunião de dois dias, envolvendo uma dúzia de economistas de primeira craveira, nacionais e internacionais, e gente da elite dos PS/social democracia, de Espanha, Irlanda, Grécia, França e Itália, capazes de expor e debater a fundo e com regras o estado e visão da situação europeia e portuguesa. O que parece simples é sempre muito complexo, com imensas camadas, e só com grande clareza e profundidade se poderá passar a mensagem. Esse é o problema . Claro que a conferencia terá de ser muito apoiada na presença de uma outra dúzia de jornalistas maduros, com saber e pensamento independente (mas só há meia dúzia!)E claro falta formar os Spin Docters da viragem - começar também por cá a erguer novo credo que vai salvar a europa do abismo.

ricest disse...

Stiglitz «O preço da desigualdade»...e está lá tudo. Como diz o Guardian «...arrasa a ideologia neoliberal que tornou a sociedade intoleravelmente injusta»

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a proposta do 1.º posto. Permito-me apenas recordar ser um dever pátrio ir valentemente às fuças do Vitor Gaspar, de preferencia com registo. O que o tipo fez e para onde, de seguida foi, é uma quase-traiçao. Digo quase porque lhe move um credo, e não uma total fidelidade a potência estrangeira. Mas tem uma quase-fidelidade à Berlin de Schaube, ao Bundesbank, a Otmar Issing. Ele foi o senhor de Portugal por dois anos, e tem de pagar pelo que fez. Como Miguel de Vasconcelos.

Anónimo disse...

O Draghi fez isso com algum chá trazendo a Sintra o Krugman e o Niall Fergusson. Os nazis austericos agora esperneiam valentemente contra o Draghi. Vejam o Sinn, um facho-mor http://www.ft.com/intl/cms/s/0/09b1d31c-47c8-11e4-ac9f-00144feab7de.html#axzz3Ek8kcRiW