• Rui Tavares, A mulher de César, morta e enterrada:
- «(…) Nos anos 90, Pedro Passos Coelho já colaborava com a Tecnoforma, a ponto de ser fundador e presidente da ONG da empresa. Este facto foi omitido das declarações à Assembleia da República, de que Passos Coelho era deputado. Não se sabe que fazia esta ONG; aparentemente, em três anos, nada. O máximo de que Passos Coelho se lembra é de uma universidade em Cabo Verde que nunca chegou a acontecer. Na sua biografia política, Passos Coelho não diz nada sobre o Conselho Português Para a Cooperação, que galhardamente dirigia. É legítimo dizer que a sigla CPPC, da caridosa organização, significava sobretudo "Cooperar com o Pedro Passos Coelho". E, claro, com o inenarrável Miguel Relvas: o episódio da formação de inexistentes funcionários para semi-existentes aeródromos da zona centro, com o qual a Tecnoforma pôs uns milhões comunitários ao bolso, seria hilariante se não fosse trágico. É inevitável olhar para aquela cultura empresarial e política e ver nela o catálogo dos nossos mais vergonhosos erros: do desperdício de fundos comunitários aos abusos das redes de influência, das escapatórias fiscais às mentiras e encobrimentos. Passos Coelhos foi comparticipante, voluntário e autor de toda essa vergonha.
Pedro Passos Coelho colaborou com uma empresa sem comunicar tal facto ao parlamento, participou de ações dessa empresa que se destinava a obter fundos comunitários para projetos inexistentes ou, na melhor das hipóteses, semi-existentes, e foi presidente de uma ONG de cooperação que nunca cooperou nada que se visse, e que provavelmente nunca teve tal intenção. E isso sem entrar na questão ainda por responder de quanto dinheiro recebeu ele, direta ou indiretamente, por trabalho que parece ter sido pouco mais do que nada. (…)»
1 comentário :
O currículo do alegado PM é um catálogo de falcatruas.
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