Ganhar tempo para tapar os alçapões foi a estratégia adoptada pelo alegado primeiro-ministro em relação à sua colaboração (não declarada) com a «ONG». Para o efeito, chutou o assunto para a Assembleia da República e a coisa não correu lá muito bem. Voltou-se então para a Procuradoria-Geral da República, que se mostrou diligente e simpática de mais e a coisa não caiu lá muito bem. Em seguida, foi a vez de uns espontâneos saltarem para a arena e a desafinação provocou um tal ruído que o país inteiro não achou lá muito bem:
Aqui chegados, recorde-se o argumento atrás do qual está entrincheirado o alegado primeiro-ministro: diz ele que recebeu apenas despesas de representação e que não as declarou ao fisco porque estavam isentas. Acontece que tais despesas só não seriam tributadas se fossem prestadas contas à empresa até final do ano. Ora, tendo recebido «valores mensais estáveis», isso não é plausível.
Acresce que Passos Coelho, mesmo que tivesse trabalhado pro bono, tinha o dever de revelar a sua participação na «ONG» à Assembleia da República. Mas omitiu-a. Como a omitiu, certamente por modéstia, no «livro» em que descreve o seu percurso até desaguar em São Bento.
De vez em quando, Passos Coelho é obrigado a falar no assunto, para logo acrescentar que já não tem mais nada a esclarecer. Só falta dizer um pormenor: quanto recebeu na «ONG». O país, infelizmente para o alegado primeiro-ministro, dá uma enorme importância a este pormenor — e daí que a maioria das pessoas não acredite na sua palavra. Veja-se o que nos dizem as sondagens da Aximage e da Eurosondagem:
- • Um director-geral da Tecnoforma disse ao Expresso que havia transferências de um paraíso fiscal para a «ONG»;
• Um administrador da Tecnoforma contou que lhe era adiantado «um cheque» e que Passos Coelho depois «trazia os papéis»;
• Logo depois, o advogado da Tecnoforma apareceu na televisão a sustentar que a «ONG» de Passos Coelho recebia 5.000 euros da sua cliente, mas a verdade é que esse montante não veio a constar das contas da «ONG»;
• Entretanto, o ex-JSD que levou Passos para a «ONG» acabou por confessar que «é possível que Passos tenha recebido valores mensais estáveis».
Aqui chegados, recorde-se o argumento atrás do qual está entrincheirado o alegado primeiro-ministro: diz ele que recebeu apenas despesas de representação e que não as declarou ao fisco porque estavam isentas. Acontece que tais despesas só não seriam tributadas se fossem prestadas contas à empresa até final do ano. Ora, tendo recebido «valores mensais estáveis», isso não é plausível.
Acresce que Passos Coelho, mesmo que tivesse trabalhado pro bono, tinha o dever de revelar a sua participação na «ONG» à Assembleia da República. Mas omitiu-a. Como a omitiu, certamente por modéstia, no «livro» em que descreve o seu percurso até desaguar em São Bento.
De vez em quando, Passos Coelho é obrigado a falar no assunto, para logo acrescentar que já não tem mais nada a esclarecer. Só falta dizer um pormenor: quanto recebeu na «ONG». O país, infelizmente para o alegado primeiro-ministro, dá uma enorme importância a este pormenor — e daí que a maioria das pessoas não acredite na sua palavra. Veja-se o que nos dizem as sondagens da Aximage e da Eurosondagem:
Aximage |
Eurosondagem |
5 comentários :
Passos Coelho está 'onguiado' até ao tutano.
Era empregado por conta de outrém e ganhava um salário base comissões nas vendas e passe social.
Descontava para a caixa de aposentação
Julgo até que anda de electrico
Zé da Adega
Está dentro da linha do ppd/psd:
""Faz o que eu digo não faças o que eu faço""
Zézé
Palavras para quê,é um "tecnofórmico "português"que mamou à fartazana nos fundos europeus em proveito da deficiente rede aeroportuària do centro do pais!De facto é apenas mais um dos que burlaram a Europa só que é tão estúpido que se escondeu atrás de um motivo para escangalhar a rir qualquer um!
www.crescimentosustentavel.org/
João Luís Gonçalves, que se percebe que ainda anda por uma organização geracional pejada de ex-JSD's. Chamo a atenção para um dos links deste post, no CC, sobre o tal rapaz da JSD, que deu uma entrevista com alguns parágrafos que devem ser filtrados e outros de verdadeiro nonsense. Imperdíveis! Eis uma resposta, por exemplo.
O primeiro-ministro está actualmente mais fragilizado?
Para mim não e, daquilo que vejo da opinião pública, também não me parece.
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