sexta-feira, novembro 07, 2014

Duas políticas, dois caminhos antagónicos

• Editorial do Público, Costa e a clarificação política:
    «Quando, em 2015, os portugueses forem chamados a votar para escolher o novo quadro parlamentar de onde emergirá o futuro Governo, vão ter a sua decisão facilitada.

    De um lado estará um centro-direita que assumiu o memorando de entendimento com a troika como o seu programa de governo e que, claramente, continua a valorizar a consolidação orçamental em detrimento da recuperação da economia; do outro lado, teremos um centro-esquerda que recuperou o fôlego com a eleição de António Costa para liderar o PS, e que parece não ter medo de assumir posições ideológicas marcantes, nem ter complexos em retomar a defesa do papel do Estado não apenas como regulador, mas também como agente impulsionador de políticas capazes de estimular o desenvolvimento. É isto que nos dizem dois documentos essenciais para se compreender e enquadrar o pensamento e a acção futura de Costa, ambos para discutir no congresso marcado para 29 e 30 do corrente: a moção Mobilizar Portugal e a Agenda para a Década, uma espécie de plano a médio prazo de onde sairá o programa de governo com que os socialistas se apresentarão às próximas legislativas.

    Não podia ser mais diferente a forma como o PS se posiciona face aos seus rivais da direita. Face a um “governo esgotado”, os socialistas sentem-se fortalecidos pela “participação sem precedentes”, conseguida com a eleição de Costa como candidato a primeiro-ministro; ao isolamento da actual maioria face aos parceiros sociais, contrapõe Costa um Acordo Estratégico que “articule políticas económicas, de rendimentos fiscais, de emprego e de protecção social para garantir um quadro de estabilidade de objectivos e medidas”; enquanto a coligação se fragiliza na incerteza de uma aliança futura, o futuro secretário-geral do PS pede a maioria absoluta enquanto avisa que “nenhum conceito que vise limitar o alcance da representação democrática, como o conceito do ‘arco da governação’, pode servir para excluir sistematicamente certos partidos das soluções de governo”. Diversa é também a leitura sobre as origens da crise e a saída dela, sobre o papel da Europa e sobre a nova postura de Portugal no actual contexto europeu. Enquanto a direita incensou Barroso numa cerimónia de condecoração em que apareceu isolada, o texto de Costa, embora sem nunca o nomear, faz um retrato demolidor do seu legado à frente da Comissão Europeia.

    Mas é na ênfase dada às políticas sociais e no papel do Estado que a moção mais se afasta de tudo o tem sido defendido e executado pela actual maioria. Imagina-se, desde já, o rol de críticas ao regresso do investimento público (ferrovia e transporte marítimo, um programa de requalificação urbana, o Simplex em várias coordenadas, conclusão do plano nacional de barragens…), à reposição do Complemento Solidário para Idosos, à eliminação da sobretaxa do IRS, enfim, a um Programa de Recuperação da Economia e do Emprego, “primeira prioridade” de um Governo liderado pelo PS, todo ele orientado a partir do Estado. Desta vez, tudo fica mais claro, as escolhas são mais fáceis.»

10 comentários :

Anónimo disse...

YESSS!!!

Anónimo disse...

Compreende-se o stresse em que vivem os betos trolha...

Anónimo disse...

Aescolha em 2015 é clara:

Opção 1: o regresso ao despesismo, à "festa socialista", ao gastar como se não houvesse amanhã, ao não pensar nas gerações vindouras, À megalomania, ao gastar do dinheiro dos outros, ao estragar da nossa imagem externa, enfim, ao que nos trouxe a 2011 e à bancarrota e ao pedido humilhante de ajuda externa.

Opção 2: os compromissos assumidos e cumpridos, poupança e boa gestão, o rigor nas contas públicas que salvou o país da bancarrota socialista, o prestígio externo de Portugal, a confirmação da salvação nacional, que foi a árdua tarefa, levada a bom porto, por um governo verdadeiramente patriótico.

Enfim, a opção é clara e simples: despesismo e bancarrota, ou rigor e boa gestão? Regabofe ou credibilidade?

Anónimo disse...

OOOHHH ... Apalermado das 01:55:00 !!

Quem é que chamou a troika ??
Quem é chumbou o PEC IV ?
Quem impôs mais austeridade a todo o custo?
Quem aldrabou meio mundo para ir ao pote?
Por tudo isto, só me apetece mandar alguém à merda !

Anónimo disse...

Será que o anónimo das 01:55:00 é um dos beto trolha stressado e... apalermado (beba uma superbock ou dê umas linhas "espassadas").

Anónimo disse...

Quem chamou a troika foi o PS. O governo seguinte teve depois a árdua tarefa de cumprir o que o PS assinou, arrumar a casa, por as contas em ordem e devolver a credibilidade ao país.
O PEC IV foi chumbado porque era apenas um remendo num barco a naufragar. Era preciso uma solução musculada, estruturante, que foi o ajustamento levado a bom porto pelo governo agora em funções.
Ninguém aldrabou meio mundo - simplesmente o descalabro era tão maior do que se esperava, que se teve de pedir sacrifícios adicionais aos portugueses. Os resultados mostram como esses sacrifícios valeram a pena.

Agora, se os portugueses decidirem deitar fora todo este esforço e voltar a apostar no regabofe, então, que se lixem.

Morgado De Basto disse...


O Editorial do Público,trata do que deve ser tratado, falando das diferenças de facto que devem ser faladas.A estrada está desimpedida,cada um escolherá a via com que melhor se identificar.Uns,continuarão a trilhar a via da escuridão,outros,optarão pelo regresso aos dias de luz que nos trouxe desenvolvimento económico, o SNS,o subsídio de Férias e de Natal,a Escola para todos,Dignidade no Trabalho,Melhor distribuição da riqueza produzida,emfim,Promoção e Dignidade Humana.

Quanto aos Bêbados de Serviço,deles não rezará a História!(...)

Anónimo disse...

António Lobo Xavier assumiu na semana passada a narrativa socrática de que a desgraça do país começou em Abril de 2011 com a rejeição do PEC IV, o programa de estabilização e crescimento (dois em um, austeridade e crescimento, que é o que toda a gente hoje defende ), até apoiado na altura pela chanceler Merkel.

Lobo Xavier até chamou "aprendiz de feiticeiro" a Passos Coelho.

De pouco importa que o PP também tenha votado contra o PEC IV.

Ainda menos que se o PP tivesse dado a mão a Sócrates, o PEC IV teria sido aprovado.

O PS tinha 97 deputados e o CDS 21, o que dava maioria de 118 deputados.

O CDS é especialista nestes revisionismos históricos, em que só os outros saem mal na fotografia.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/porque-e-que-o-cds-nao-aprovou-o-pec-iv=f808409#ixzz3IPF9xHeV

Compreendes agora OOOHH Apalermado !?

Anónimo disse...

Para as arrastadeiras que postaram acima ( as unicas a acreditar na salvação nacional imaginária), tenho um único dado para vocês :

Quando o governo anterior saiu , a divida estava em 94% do PIB.
Quando o vosso "genial e salvador" governo for corrido, a divida estará nos 130% do PIB.

Estamos conversados.

Anónimo disse...

Quem chamou a troika foi de facto toda a oposição, ao rejeitar o PEC IV.
A atitude patriotica teria sido aprova-lo e depois sim, derrubar o governo com uma moção de censura, uma vez que a oposição tinha a maioria na assembleia.

É que nem inteligentes, na ansia de ir ao pote, foram: a aceitação do PECIV e a consequente censura do governo minoritário teriam até facilitado a vida a estes imbecis que actualmente estão no poder, pois o PECIV não continha tantas restrições como o acordo de resgate.
Não foram patriotas e sobretudo foram estupidos , na ganancia de chegar ao pote.E quem sofreu foram os portugueses.

Vão levar o maior pontapé no cú desde o inicio da democracia. Espero que estejam preparados para ficarem os próximos 20 anos a olhar pelo buraco da fechadura.