segunda-feira, novembro 24, 2014

Justiça e vingança

• António Marinho e Pinto, Justiça e vingança:
    «A detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates levanta questões de ordem política, de ordem jurídica e de cidadania. Mais do que a politização da justiça, ela alerta-nos para a judicialização da política que está em curso no nosso país.

    José Sócrates acabou, enquanto primeiro-ministro, com alguns dos mais chocantes privilégios que havia na sociedade portuguesa, sobretudo na política e na justiça. Isso valeu-lhe ódios de morte. Foi ele quem, por exemplo, impediu o atual Presidente da República de acumular as pensões de reforma com o vencimento de presidente.

    A raiva com que alguns dirigentes sindicais dos juízes e dos procuradores se referiam ao primeiro-ministro José Sócrates evidenciava uma coisa: a de que, se um dia, ele caísse nas malhas da justiça iria pagar caro as suas audácias. Por isso, tenho muitas dúvidas de que o antigo primeiro-ministro esteja a ser alvo de um tratamento proporcional e adequado aos fins constitucionais da justiça num estado civilizado.

    É mesmo necessário deter um cidadão, fora de flagrante delito e sem haver perigo de fuga, para ser interrogado sobre os indícios dos crimes económicos de que é suspeito? É mesmo necessário que ele, depois de detido, esteja um, dois, três ou mais dias a aguardar a realização desse interrogatório? (…)»

6 comentários :

Anónimo disse...

Foi por estas e outras razões que me levaram a votar Marinho Pinto nas europeias.

Anónimo disse...

seg Nov 24, 03:08:00 da tarde,

Não se aproveite do momento para misturar alhos com bugalhos.

Anónimo disse...

Quem se aprimora a misturar alhos com bugalhos é a Felícia Cabrita - biografa de Passos Coelho - e o seu (…), dois energúmenos do bas fond, que estão mais uma vez a administrar o veneno gota a gota.

Anónimo disse...

Organizar a oposição ao actual poder - é preciso que se saiba sem rebuço- representa hoje um risco de destruição de vidas. Muita coragem e sabedoraia, com cabeça fria e nervos de aço precisam-se. Fazer politica contra a corrente que nos arrasa é definitivamente um perigo. Portugal e a sua vida politica dependem agora de um aparelho de justiça todo infiltrado por gente vingativa e mesquinha, com centros nevrálgicos descomandados e um terrível poder centralizado num juiz todo-poderoso. O feroz alinhamento politico da direita nacional com a direita ultramontana de Shauble e Merkle, sob comando dos credores dominantes - no sentido de esmifrar Portugal até ao tutano, deixando um povo exangue e desapossado, e todos os bens estratégicos do pais passados para a mão de rentistas e especuladores, já corroeu todos os sectores da vida nacional. O dinheiro fala mais alto. No "his master voice" do aparelho de justiça, policias e media, encontramos muitos sedentos de protagonismo e migalhas, alinhados na ocultação e protecção intransigente dos desmandos do poder e do dinheiro, e na diabolização e perseguição dos políticos e personalidades que defendem o contracto e o estado social, protector e redistributivo.
O supremo MAL encontra sempre os seus agentes executivos. Em todos os momentos da historia não pode ser subestimado. Em paralelo com o que se passou com mometo de "fluxo-refluxo de 2003", que alcançou a decapitação momentânea do PS, por via do processo Casa Pia, vivemos agora a mais negra e perigosa justicialização populista da vida politica, destinada a humilhar e matar o pintainho ainda no ovo. Não hesitam em nada. O circo dos leões esta lançado.

Anónimo disse...

Quando se persegue diaboliza, humilha e esmaga, da forma a que estamos a assistir, um ex-primeiro ministro, então a justiça e a democracia deixam muito a desejar. Quando se humilha e esmaga, na hipócrita politica, na media e na justiça, um cidadã sem culpa formada e sem direito a defesa ou protecção, quando se prende preventivamente sem razão plausível e justificação publica ,aquele que foi durante sete anos o melhor primeiro ministro do Portugal democrático, aquele que concitou em eleições dois milhões e meio de votos no primeiro mandato e um milhão e meio no segundo,aquele que até à ultima defendeu o pais da tutela estrangeira e defendeu e respeitou o contrato social com o seu povo, então é ao pais e uma parte deste povo que estão a humilhar e a esmagar.
Temos de começar a apresentar no CC a lista dos desmandos do aparelho de justiça nos últimos, das perseguições a pessoas da oposição, das acusações sem arguidos e sentenças, das sentenças desproporcionadas e completamente absurdas, dos processos abafados, sobre quem, dos inquéritos e dos poucos indiciados por alegados crimes de branqueamento de capitais, fuga a impostos e corrupção, das fugas cirúrgicas de informação para servir as perseguições e destruir vidas de políticos.
Maquinas ao serviço do poder vil que nos governa. Levanta-te opinião publica. Basta.

Nemésio disse...



Vai levantar-se, sim, mas devagar, que TEMOS PRESSA...




E hão-de pagá-las todas por junto!