domingo, dezembro 07, 2014

Ainda a responsabilidade dos colunistas
e a promoção de debate público aberto

• Oscar Mascarenhas, Ainda a responsabilidade dos colunistas e a promoção de debate público aberto:
    «(…) João Miguel Tavares diz que quer "apenas contribuir modestamente para um debate aberto no espaço público, sem as hipocrisias do costume, nem as premissas que vestem o casaco de um suposto civismo ("então a presunção de inocência não é um princípio tão bonito?") para, na verdade, esconderem a trágica amálgama entre os campos político e judicial. Amálgama essa, já agora, que José Sócrates sempre utilizou habilmente, e que lhe permitiu a sua reeleição em 2009 apesar da longuíssima cauda de casos mal explicados - se nenhum tribunal o tinha acusado de nada, então nada havia a explicar, não é?"

    Em primeiro lugar: eu gostaria muito de contribuir para um debate aberto no "espaço público" sobre física de partículas. Para isso, teria de fazer duas coisas: escolher pessoas que sabem do que estão a falar, porque estudaram - e não as suas empregadas domésticas que estão fartas de tirar umas por outras dessa "física particular" de tanto servirem jantares aos senhores doutores que lá vão a casa; e pedir-lhes que, tanto quanto possível, falem de maneira que eu perceba para mais adequadamente poder, como jornalista, retransmitir ao público. Ou, em alternativa, aventuro-me a estudar a fundo a física de partículas e reapareço em 2037...

    Em segundo lugar: toda a gente fez os seus juízos de valor e teve as suas presunções na hora de votar em 2009. E as pessoas votaram como votaram: umas por isto, outras por aquilo, todas porque sim. O que pesou na decisão? Tudo e mais alguma coisa, incluindo a quase apoplexia de escabeche da véspera. João Miguel Tavares não perdoa aos seus concidadãos não terem visto tão longe como ele, que estava em cima do caixote de sabão e tinha mais alcance visual. Paciência. Mas não foi por nenhuma amálgama do político judicial. Todas as evidências mostram o contrário: até políticos condenados ganham eleições.

    E pensa João Miguel Tavares que, se e quando este processo transitar em julgado, as pessoas passam a votar como deseja? Se ele é dado a este rilhar de dentes pela incompreensão dos seus concidadãos em relação à certeza das suas presunções indiciárias, creio que ainda o verei a escaqueirar o caixote de sabão e fazê-lo arder numa fogueira de São João... Miguel Tavares - se me puderem perdoar a brincadeira.»

5 comentários :

Fernando Romano disse...

Quase ninguém lia as suas crónicas sonsas e desenxabidas.. Decidiu então armar-se em polemista pedante, metendo-se com este...metendo-se com aquele... para ser tomado como tão grande como eles. É vê-lo agora entufado. Imagino!!! A este rafeiro escrevedor não precisavam dar troco.

Anónimo disse...

Diz que é uma espécie de John Stewart fascista... Mas sem graça nenhuma (embora reconheça o seu esforço para tentar tê-la...)

Anónimo disse...

Tudo tem explicação. Vejamos: talvez seja pedante, talvez seja ingénuo, talvez seja carente, talvez seja míope, talvez seja pateta, talvez seja diminuído, talvez seja quadrado, talvez seja...

Anónimo disse...

Perder tempo com o que um cretino destes escreve é que me parece indesculpável...

aeme disse...

Talvez se tenha convencido que tem o umbigo na ponta do nariz.
Uma coisa é ter cara de parvo, outra, sê-lo mesmo.