• Mário Soares, Um balanço diferente:
- «(…) Bem pode Passos Coelho fazer esforços para ganhar votos. Não os terá. (…)»
- «(…) Se os princípios do Direito ditam que "não se pode prender para investigar, mas sim investigar para prender", como justificar esta perversão lógica no funcionamento da Justiça? Até que ponto não estará o juiz a fazer uso abusivo duma medida de coação excecional, como a prisão preventiva, para calar as vozes que na praça pública clamam por justiça e comprar a sua popularidade? (…)»
- «(…) Parece por isso claro que Passos Coelho não tem qualquer intenção de fazer uma coligação com o CDS. E na verdade não se vê justificação para tal. O CDS foi sempre um silent partner deste governo, não tendo sequer autonomia para propor a recuperação do feriado do 1.o de Dezembro. Mas assim foi perdendo todas suas bandeiras políticas. O CDS hoje já não é o partido do contribuinte, que deixou esmagar pelo brutal aumento de impostos, e nem sequer protege os pensionistas, tendo deixado passar o corte das pensões. O PSD não tem assim qualquer ganho eleitoral numa coligação com o CDS, uma vez que este partido será duramente castigado pelos eleitores. Por isso, só por misericórdia do PSD é que o CDS poderia aspirar a ir a votos em listas conjuntas. Mas como a misericórdia não é um valor em política, Passos Coelho irá arrastar a situação até à véspera das eleições, aparecendo então sozinho a sufrágio. E nesse quadro o CDS dificilmente sobreviverá.»
- «(…) Pelo meio temos a certeza de que no final de 2015 estaremos também prestes a escolher um Presidente da República. Vai ser estranho voltar a ter um Presidente da República, mas havemos de nos habituar. (…)»
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