sábado, fevereiro 21, 2015

Como defender os interesses de uma nação - aula prática


Pequeno best of da conferência de imprensa de ontem
de Varoufakis, legendado em Português (via Luís Vargas)

12 comentários :

soudocontra disse...

Teria orgulho em ser grego neste momento, com governantes a defenderem os interesses do povo, que são também os seus, pois não são traidores ao seu povo, como este governo da Grécia, contrariamente aos (des)governantes traidores que temos nesta terra desgraçada tuga, neste momento, PR, incluído e principal mentor do actual estado de coisa de características salazaristas!
MCTOrres

Anónimo disse...

Bolas! eu quero um ministro das finanças destes s.f.f., caramba acho que já merecemos e de certeza que o temos entre os nossos economistas.

RFC disse...

No charco onde estamos atolados, e em que a indiferença parece ter tornado imunes a quase tudo até porque os sinais da oposição política do PS são cada vez + espaçados e ténues como a luz de um farol em noite de nevoeiro, ouvir um discurso clarinho como este é um bálsamo.

Veja-se o ritmo de alguns blogues portugueses de combate perante casos concretos, que servem unicamente de farol porque a eles todos podem aceder, e façam-se dois exercícios: um, pense-se no são, no que poderiam ser e no que, apesar de tudo, ainda vão sendo a + das vezes por carolice; dois, pense-se no actual PS institucionalizado e mesmo na *abertura* dos outros partidos e conclua-se que a maior parte das vezes todos estão aquém do possível.

Este país em forma rectângular, as suas instituições obviamente e, incompreensivelmente, a oposição estão a andar à volta, e não se vê forma de sair daqui.

Daniel disse...

A tradução está mal feita. Quando ele fala em "primary surplus" é traduzida por "défice" quando se trata do contrário. Em causa está baixar o saldo orçamental primário positivo de 4,5 para 1,5, para assim reduzir a austeridade.

Pós-socrático disse...


Obrigado, Daniel. Também dei por isso, mas ia deixar o erro por corrigir aos mais distraídos.


Concordo plenamente, RFC.


Está mais do que provado que os gregos são filósofos e sábios. E este Varoufakis tem um pensamento tão límpido e tão metódico, que parece mesmo um novo Sócrates...

Baltazar Garção disse...



Pois é. Se ainda fosse necessária, esta pequena-grande amostra seria a prova definitiva de que, de facto, PORTUGAL NÃO É A GRÉCIA!


E, pelo andar da carruagem, nunca será...

Anónimo disse...

Bem, lá tinha que vir a comparação fanática com JS. Este Y. Varoufakis, sim tem parecenças com uma figura como José Sócrates, mas só na grande coragem e capacidade comunicativa de ambos face aos media modernos, ambos rijos e bem preparados na negociação, chegando se à frente em serviço publico, mostrando respeito em defender o seu povo e o seu pais. E já não é pouco, até aqui estou de acordo. Acrescentaria, ambos fora de série, giros e a vestir deliberadamente bem. But d'ont mistake, a humanidade politica tem de progredir: este rapaz Varoufakis não andou a queimar etapas. Esta muito bem preparado com o trabalho de uma vida. Tata-se de alguém que antes de o ser já o era, muitíssimo culto, um verdadeiro cientista no campo da economia-politica, que arrisca ser produtor de teoria original.Com profissão fora da politica, muito rodado pelo mundo da sobrevivência concorrencial internacional, na alta esfera desde que é gente. Claro que também teve media training.Por isso faz visitas e esta em Bruxelas como peixe dentro de água, diz o que quer e pode, lá no fundo bem os topa e os goza, jogando com toda a seita dominante.

Pós-socrático (e irónico) disse...



Concordo contigo em quase tudo, anónim@ das 13:47. Mas não percebo por que falas em comparação "fanática com JS", estando eu apenas a falar de Filosofia. Ou nunca ouviste falar do Sócrates grego?

Anónimo disse...

Como Churcill, his finest hour! Todos os homens as podem ter (a do outro foi em Maio de 1940) quando se prepararam toda uma vida e a enfrentaram corajosamente, conscientes dos seus maiores sonhos e temores partilhados

Anónimo disse...

Pois sim. Anónimo das 2:52.

Luís Vargas disse...

Olá. Fui eu o autor da tradução.
Só para esclarecer que o âmbito do vídeo é informar os Portugueses numa linguagem que lhes é familiar, daí o uso dos termos "défice" e "metas do défice".
As metas definidas no acordo referem-se ao excedente primário, que é precisamente o contrário, como foi aqui correctamente apontado. No entanto, para o efeito que se pretende demonstrar - que é de facto possível evitar/negociar medidas recessivas com a Troika - acaba por ser indiferente que a meta negociada seja em relação a um saldo primário positivo ou negativo. Talvez devesse esclarecer melhor este ponto na descrição do vídeo.
Resta lamentar que a maioria dos excertos que constam do vídeo não tenha passado em nenhum canal de televisão nacional.

Pós-socrático (e lúcido) disse...



Claro. Num País em que a expressão "saldo primário" nunca mais não fará sentido, o Povo só já percebe quando se fala de défice...


Afinal, Vítor Gaspar e Passos Coelho, esses génios (da canalhice), tinham toda a razão, está agora mais do que provado:


PORTUGAL NÃO É A GRÉCIA!


E, por este andar, muito provavelmente nunca será...