domingo, março 15, 2015

“Só não havia sorteio de Audis”

• Alexandra Lucas Coelho, Estar lá:
    «9. Tudo somado, “o importante é ir para lá”, acredita André Tomé. “Incomoda-me que as pessoas partilhem isto no Facebook, que falem no café, mas não se interessem realmente pela história por trás destes vestígios. Ninguém quis saber quem esculpiu os budas que os taliban rebentaram no Afeganistão. Se continuarmos assim, não muda nada. As pessoas chocam-se e tudo segue. Há uma grande falta de curiosidade para saber mais, e a única solução é interessar as pessoas no passado, mostrar que há gente que está a fazer este trabalho.” Nem que seja “fazer registos 3D no Museu de Suleimania, neste momento o segundo mais importante do Iraque, para minimizar os danos, salvaguardar informação, estudar coisas que estão lá e nunca foram estudadas”. Porque “não é apenas um sítio, mas um sítio que pode mudar a forma como vemos o início de uma civilização”, que mostra, por exemplo, “como a história se está sempre a repetir”, até às facturas obrigatórias. “Só não havia sorteio de Audis.”»

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